O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB) e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) estiveram reunidos nesta terça-feira (23), para mais uma rodada de negociação da Campanha Salarial 2022. Desta vez, a reunião foi no escritório do banco, em São Paulo, por conta dos membros da negociação que também participam da mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Tabatinga Jr., avaliou que o encontro foi um dos que mais obtiveram avanços para a construção da renovação de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “Reivindicamos que o Banco do Nordeste antecipe o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) para logo depois da assinatura do acordo”, revelou, ao informar que a proposta será estudada pelo banco.
“Conquistamos ainda a criação de uma comissão paritária para discutir o teletrabalho, assim como o banco também já apresentou uma minuta para o tema, que está sendo analisada por nós”, completou Gustavo Tabatinga Jr.
A próxima rodada de negociação com o BNB acontece nesta quarta-feira (24), às 17h.
Impasse
No último dia 12 de agosto, o presidente do BNB, José Gomes da Costa, afirmou ao jornal Valor Econômico que está fazendo uma mudança no atendimento de dois grupos específicos do Banco do Nordeste, as microempresas (MPE) e os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O projeto piloto começou em 18 agências, com a transferência dos clientes de microempresas para o Crediamigo e os do Pronaf para o Agroamigo. O presidente do banco pretende implementar essa mudança em 50% das agências até o final deste ano.
Na última reunião, realizada no Ceará, os representantes dos trabalhadores manifestaram preocupação com a mudança. “A alteração vai esvaziar as carteiras de crédito de MPE e do Pronaf, podendo até gerar a sua extinção e o descomissionamento de um grande número de gerentes responsáveis por elas. Por isso, solicitamos mais informações sobre esse projeto e cobramos a garantia de que a reestruturação não provoque prejuízo aos funcionários”, explicou Robson Luís Andrade Araújo, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários da Paraíba e membro da CNFBNB.
O BNB ainda não respondeu às reivindicações dos trabalhadores.