Negociações com a Nossa Caixa voltam na quarta-feira

(São Paulo) Os bancários da Nossa Caixa reúnem-se com o diretor de rede DRD na quarta-feira, 5 de março, para a segunda rodada de negociações específicas. Diversos assuntos estarão em pauta, destacando-se o assédio moral recorrente nas agências, horas extras e os caixas “vendedores”.

Na primeira rodada, realizada no dia 15 de fevereiro com a direção geral de RH, ficou definido que as etapas subseqüentes seriam com representantes de setores específicos. Após a reunião de quarta com o diretor de rede, estão previstas ainda negociações com responsáveis pela segurança bancária.

“Assim vamos falar diretamente sobre os problemas específicos com os responsáveis diretos pelas áreas envolvidas”, diz Antonio Sabóia, diretor do Sindicato de SP e empregado da Nossa Caixa. “É na rede que encontramos a maior recorrência de problemas que queremos resolver nesta rodada. Sabemos que problemas como assédio moral, por exemplo, estão também em outros setores e eles serão levados à mesa na hora oportuna”, completa.

O assédio moral é um dos maiores problemas constatados hoje dentro do banco. Uma série de relatos vem chegando rotineiramente ao Sindicato. Na primeira reunião, a direção da Nossa Caixa reconheceu a existência do problema e se comprometeu a fazer esclarecimentos. “Esperamos que eles tragam algo de concreto desta vez. Não vamos admitir essa prática, que desrespeita o ser humano”, afirma Sabóia.

Um dos cargos que sofrem com o assédio são os caixas, obrigados a atender o sempre numeroso público e, além disso, bater metas de vendas. “O caixa não tem a função de vender e sim de atender os clientes, o que já demanda um trabalho bastante puxado, pois o número de funcionários por cliente já é bem defasado”, acrescenta o diretor.

Horas-extras
Sobre horas extras, as denúncias que chegam ao Sindicato dão conta de um procedimento ilegal praticado no pagamento. Na primeira reunião, o banco se comprometeu a fazer uma cartilha sobre o uso correto do ponto eletrônico. O Sindicato reafirmou que hora extra feita a pedido do banco tem de ter acréscimo de 50% no pagamento.

Fonte: André Rossi – Seeb SP

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