Negociação entre Contraf-CUT e Caixa nesta sexta discute jornada de trabalho

A reunião de retomada das negociações da mesa permanente entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Caixa Econômica Federal será realizada nesta sexta-feira, dia 22 de janeiro, das 14h30 às 16h, em Brasília (DF), quando deverão ser discutidas as questões pertinentes à jornada de trabalho.

O encontro entre os representantes dos trabalhadores e da empresa está confirmado para o edifício-sede da Matriz I. Na ocasião, a Contraf/CUT – CEE/Caixa vai reafirmar o respeito à jornada de seis horas para todos os bancários, sem redução salarial. Essa reivindicação está sintonizada com a luta pela contratação de mais trabalhadores, ambas incorporadas às mobilizações das entidades associativas e sindicais.

Aliás, a luta por condições dignas de trabalho na Caixa foi aprovada no 25° Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), ocorrido em Brasília no fim de abril do ano passado. Por reiteradas vezes, o movimento nacional dos empregados tem denunciado que as más condições de trabalho são frequentes nas agências e nas áreas-meio, provocadas principalmente pela falta de empregados nas unidades, que traz, em consequência, a extrapolação constante da jornada de trabalho.

Tanto nas agências quanto nas RetPVs, a falta de empregados é também sinônimo de pequena quantidade de caixas. Essa situação é recorrente em quase todas as unidades espalhadas pelo país, trazendo como consequências extrapolação constante da jornada de trabalho, não-realização da pausa de 10 minutos, filas enormes, demora no atendimento dos clientes, não-cumprimento da lei que limita a 15 minutos a espera, dificuldade de atendimento no período em que os empregados almoçam ou saem de férias.

Em algumas unidades, chama a atenção o abandono da área social. Sobretudo, porque faltam empregados nos guichês de caixas, no atendimento geral do FGTS e nas retaguardas. Frequentemente, nenhuma unidade opera com a Lotação Necessária de Pessoal (LNP), o que ocasiona baixa qualidade no atendimento ao cliente e excesso de trabalho. Muitos dos transtornos são provocados pela redução do número de caixas nos guichês. Além do mais, as filas e a demora no atendimento causam insatisfação nos clientes e prejuízo ao bom andamento do trabalho dos empregados.

No segmento de empregados, um dos maiores problemas se refere aos avaliadores de penhor, que atuam na área de saúde e exercem dupla função: as de caixas e as pertinentes ao penhor, o que é irregular. Cabe ao sistema de penhor cuidar dos trâmites dos contratos de penhor, processo hoje unificado em todo o país. É comum, porém, o sistema de penhor ficar inoperante, lento, travado… Isso quando não pára por completo durante o dia todo.

Há unidades que atuam com a lógica da venda casada de produtos, o que é um procedimento ilegal, passível de punição. Algumas, inclusive, chegam a condicionar a liberação do FGTS do trabalhador à compra de produtos. Muitos clientes e usuários são orientados a procurar as casas lotéricas para quitar dívidas com água, luz, telefone, sob a alegação de que a unidade que havia sido por ele procurada não pode mais realizar esse tipo de operação.

Uma das soluções para esse e outros problemas está na contratação de mais empregados, no treinamento adequado dos trabalhadores e na correção e atualização dos sistemas do banco.

Reunião da CEE/Caixa

Nesta sexta-feira, a partir das 10 horas, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) estará reunida na sede da Fenae, para preparar o encontro com a empresa.

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