(São Paulo) Depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários com a Fenaban, as negociações específicas com cada banco voltam ao centro das atenções. Em dois bancos, o português Banif e o Safra, importantes conquistas foram alcançadas.
Flávio Monteiro Moraes, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região presente à negociação, avalia que os avanços foram importantes. “Durante a negociação nacional, em conversas com os RH das empresas, sentíamos que havia espaço para as conquistas, que se consolidaram agora”, afirma.
O Banif conta com cerca de 80 funcionários em São Paulo e Rio de Janeiro. O primeiro avanço é o compromisso de uma 13ª cesta-alimentação. Além disso, o banco garantiu o pagamento de PLR acima da CCT no dia 1º de novembro, junto com a antecipação acordada.
No Safra foi conquistado auxílio-educação para os bancários. Serão 250 bolsas de estudo, com garantia de pagamento de pelo menos 50% do valor da mensalidade. As inscrições dos interessados deverão ser feitas na área de treinamento a partir de 13 de novembro. Os demais critérios serão divulgados em breve.
A taxa do empréstimo funcional também foi reduzida para 1,38% ao mês a partir de 1º de novembro, e o auxílio casamento será retomado com o pagamento de meio salário a mais.
Na PLR, mais conquistas. Além da antecipação, o Safra se comprometeu a pagar de 20% a 48% acima do valor-base definido pela CCT (80% do salário mais R$ 826) no dia 20 de dezembro. A negociação garantiu ainda o pagamento de R$ 1.500 para todos os funcionários até dia 2 de março de 2007, o que corresponde ao teto estabelecido com a Fenaban de distribuição linear adicional da PLR, independentemente do resultado final do banco.
Negociações continuam
Nas principais instituições financeiras do país, já foram enviadas cartas para solicitar encontro de negociação com objetivo de ampliar e buscar espaço para novas conquistas, além de enfrentar as demandas de cada empresa. Tanto nos bancos privados, como Bradesco, Unibanco, Itaú, ABN Real e HSBC, como nos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, as negociações devem ocorrer em breve. “A nossa estratégia é, encerrada a Campanha Nacional, reabrir negociações permanentes com cada banco para conquistas mais benefícios econômicos e também discutir e resolver problemas relacionados a condições de trabalho, saúde, fim do assédio moral, entre outros pontos”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT