Negocia‡äes com o BB nÆo avan‡am e banc rios j  falam em greve

(São Paulo) Terminou sem avanços a rodada de negociações entre a Contraf-CUT e o Banco do Brasil, realizada nesta quinta-feira, dia 7, em Brasília. Mais uma vez, o BB não apresentou proposta para melhorar a situação da Cassi e nem respondeu às reivindicações dos associados para a melhoria de benefícios na Previ.

 

Diante do impasse, os bancários estão organizando uma série de protestos e já falam até em deflagrar uma greve nacional no BB a partir de março, caso as negociações não avancem até lá. “Na próxima semana, a Comissão de Empresa vai se reunir na sede da Contraf, em São Paulo, e vamos organizar uma Jornada de Lutas para se estender até março”, afirmou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

“Queremos uma proposta satisfatória para a Cassi, para a Previ, sobre a isonomia e por um novo PCS (Plano de Cargos e Salários) e um novo PCC (Plano de Cargos Comissionados), com regras de ascensão claras e democráticas. Precisamos limpar a pauta no primeiro semestre para entrarmos no segundo lutando na mesa única as questões que atendem a todos os trabalhadores do Ramo Financeiro, ou seja, direitos conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Estes devem ser os nossos eixos de luta até março e, se não conseguirmos avanços significativos, vamos construir uma greve nacional no BB”, ressaltou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa pela Fetec São Paulo.

 

Cassi

A reestruturação da Cassi, um dos itens prioritários da pauta de negociação desta quinta, continua sendo protelada pelo banco. Como de praxe, os negociadores da empresa manifestaram preocupação com a situação da Cassi, mas ficaram de “estudar” a proposta apresentada pela Contraf-CUT há meses e responder numa próxima rodada de negociação.

 

“Diante da gravidade da situação apresentada no Plano de Associados, cobramos do BB a apresentação imediata de sua proposta para solução do desequilíbrio financeiro da Caixa de Assistência. Cobramos também o adiantamento de duas contribuições por parte do Banco em cumprimento ao artigo 20 do estatuto da Cassi, que permite ao BB adiantar as contribuições para cobrir o déficit no Plano de Associados”, detalhou Marcel.

 

As negociações sobre a situação da Cassi se estendem por mais de um ano, o que vem agravando o déficit financeiro da entidade.

 

Previ

Há cerca de um ano, os Conselheiros e Diretores eleitos da Previ apresentaram propostas ao banco para que o superávit do Plano 1 fosse revertido em melhoria de benefícios aos associados. Em setembro deste ano, a Comissão de Empresa apresentou em mesa de negociação um documento com as reivindicações dos trabalhadores.

 

Passado todo esse tempo, o Banco do Brasil continua sem respostas para os trabalhadores. “Na negociação de hoje os representantes da empresa disseram que estão ‘esperando’ a manifestação de uma comissão criada, no âmbito da Previ, para apresentar propostas de utilização do superávit. No entendimento da Comissão de Empresa as negociações acerca da utilização do superávit têm que ser iniciadas já e o corpo funcional tem que participar deste debate”, ressaltou Marcel.

 

Outras pendências

Durante as negociações, a Contraf-CUT cobrou o imediato cumprimento da cláusula 6ª do Aditivo do BB, que garante o pagamento de 55% do E-1 como piso de comissão. A cláusula não está sendo aplicada para os comissionados com jornada de 6 horas, como os atendentes Pleno e Sênior das Centrais de Atendimento de São Paulo e do Paraná. Segundo o Banco do Brasil, estudos estão sendo efetuados e o problema ainda não foi solucionado por ser necessário rever o valor de três outras comissões que ficariam defasadas.

 

“O problema das Centrais de Atendimento trouxe à tona a necessidade de imediata revisão do Plano de Cargos Comissionados e do Plano de Cargos e Salários. Os negociadores do banco se comprometeram a apresentar, na próxima rodada de negociações, os estudos do PCS já incluindo algumas das propostas feitas pelo movimento sindical no inicio deste ano. Também cobramos o acerto da verba 109 de diversos funcionários. Os problemas surgiram em novembro de 2005 e, na maioria dos casos, não foi resolvido. O valor que era de R$ 31,80 hoje é de R$ 32,90 e acarreta prejuízos no cálculo de férias, 13º, horas extras”, detalhou Marcel.

 

Outra questão discutida na mesa de negociação foi o assédio moral. A Contraf-CUT cobrou uma ação mais objetiva no combate ao problema, já que as denúncias recebidas pelos sindicatos revelam um verdadeiro surto de assédio moral dentro da empresa, com maus gestores praticando toda sorte de atrocidades pelo cumprimento de metas.

 

Fonte: Contraf-CUT

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