(São Paulo) Na última quinta-feira, 23/11, representantes do movimento sindicais se reuniram com a direção da Nossa Caixa para tratar de assuntos pendentes. A negociação, no entanto, não trouxe avanços. O banco se limitou a informar a intenção de implementar uma campanha de esclarecimento sobre assédio moral.
No que diz respeito ao Banco de Horas, informou que pretende pagar o acumulado em horas extras até o fim do ano. A estimativa é de que mais de 90% dos funcionários possuam menos de 50 horas a receber.
Quanto às demais reivindicações, a empresa se nega a discutir, alegando que tais assuntos – correção da gratificação variável, equiparação de direitos dos funcionários contratados após 2000 e assistência odontológica dentre outros – devem ser tratados com a nova direção, indicada pelo governador eleito, José Serra (PSDB) para assumir a instituição no início de 2007.
Para o secretário de Bancos Estaduais da FETEC/CUT-SP, Elias Maalouf, os problemas na Nossa Caixa tendem a se avolumar. "A indicação para se realizar uma campanha sobre assédio moral restando apenas um mês para o término do mandato denota que esta discussão não é séria, haja vista que uma tarefa dessa natureza requer tempo para elaboração e para o desenvolvimento".
Maalouf também aponta problemas decorrentes da transferência dos pagamentos do funcionalismo público do Santander Banespa para a Nossa Caixa, cuja conclusão está prevista para janeiro/2007. "Cerca de 250 mil funcionários públicos estaduais não abriram suas contas na Nossa Caixa o que deve agravar mais ainda o caos que se prevê para janeiro, demandando dos sindicatos ampla mobilização por melhores condições de trabalho. Condições essas que tendem a piorar com a abertura de 15 novas agências até o fim do ano, cujo processo enfrenta dificuldades frente à necessidade de se realizar licitações para reforma dos prédios".
Fonte: Lucimar Cruz Beraldo – Fetec SP
