(Porto Alegre) A segunda rodada de negociação, realizada na segunda-feira, dia 25, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e o Santander Banespa não trouxe avanços para os bancários. A avaliação dos dirigentes sindicais é que a mobilização precisa ser forte para arrancar do banco as reivindicações específicas dos trabalhadores.
Isto porque o banco afirmou que é difícil manter um acordo aditivo à Convenção Coletiva da Fenaban. Sinalizou, entretanto, que é possível continuar conversando sobre alguns pontos. Já outros, como as cláusulas de pré-aposentadoria (estabilidade e liberação remunerada, conhecida como pijama) e incorporação de abono aos aposentados, a empresa avaliou como extremamente improváveis.
Estagiários
O banco confirmou na mesa que atenderá à reivindicação de igualdade de direitos para os estagiários, independentemente da empresa que originou a contratação, incorporando a todos, por exemplo, assistência médica ou vale-alimentação. Já a partir de setembro, o banco irá atender ao pedido dos bancários.
PCS
Outra reivindicação dos trabalhadores é a criação de um plano de cargos e salários para corrigir as graves distorções entre funcionários que desempenham a mesma função. O banco informou que já estuda a criação de um plano de cargos e faixas salariais e que isso deverá estar implementado em janeiro do ano que vem.
Banesprev e Cabesp
Os representantes do banco ainda não têm qualquer posição em relação aos termos de compromisso da Cabesp e do Banesprev. Os dirigentes sindicais deixaram claro que essas entidades são imprescindíveis aos trabalhadores e que na próxima negociação é esperado posicionamento da direção do Santander Banespa que atenda aos anseios dos trabalhadores.
Antecipação da PLR
Os bancários também pediram ao Santander Banespa que antecipe a primeira parcela da PLR e da PPR, exemplo que poderia ser seguido, já que outros bancos como o ABN Real e o Unibanco já fizeram. Na próxima quarta-feira, dia 27, o banco irá dar retorno ao pedido.
Prorrogação
No mesmo dia, o Santander Banespa também irá informar aos trabalhadores se aceita ou não à prorrogação do acordo coletivo do ex-Banespa durante as discussões destas cláusulas.
Avaliação “O banco adotou a postura de expor suas "dificuldades", como se o funcionalismo reivindicasse questões específicas impossíveis de serem atendidas. Na realidade, é importante intensificar as mobilizações para garantir direitos e ampliar conquistas para o conjunto dos trabalhadores da instituição. Até agora entre os passos para unificação dos contratos o banco apenas atendeu a reivindicação de pagar a folha no dia 20 a partir deste mês. Assim como o silêncio dos negociadores da FENABAN a direção do Santander Banespa segue na mesma linha. Somente com muita pressão poderemos avançar”, afirma o titular da COE, Bino Köhler.
Fonte: Feeb RS