Agência Brasil
Luana Lourenço
Enviada Especial
Belém (PA) – O sociólogo e membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM) Cândido Grzybovski rebateu ontem (1°) as críticas de que o megaevento deveria abrir espaço para maior participação dos governos no debate sobre um outro mundo possível. “Nós não demos as costas para os governos. A cidadania nunca deu, sempre votou, nós que damos mandatos a eles. Mas aqui no nosso evento, no nosso território, eles têm que se submeter às nossas regras, à nossa lógica”.
O FSM é organizado por movimentos sociais e organizações não-governamentais e os governos participam eventualmente como convidados.
Grzybovski defendeu a Carta de Princípios do FSM, formulada em 2001, segundo a qual governantes e partidos não são partes do evento. No entanto, disse que o FSM está aberto para recebê-los, inclusive para cobrar ações em resposta às demandas apresentadas pela sociedade civil durante os debates.
“Aqui é um evento de cidadania. Nós podemos trazê-los para ver se eles são responsáveis nos mandatos que lhes conferimos. Esse foi, inclusive, o sentido do ato que fizemos com os presidentes”, afirmou, em referência ao debate realizado na última quinta-feira (29), no FSM, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), Fernando Lugo (Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia).