As mulheres querem que as políticas de segurança pública levem em consideração os direitos humanos e estejam voltadas para aspectos de prevenção, com foco na comunidade, família, educação. Essas foram algumas das conclusões de um estudo apresentado nesta sexta-feira, dia 28, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (Seppir), durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança (Conseg).
Entre as diretrizes para melhorar a segurança pública sugeridas pelas mulheres estão a necessidade de levar em consideração aspectos como gênero e direitos humanos, além de priorizar a prevenção da criminalidade com foco na família, comunidade, escola e saúde. O estudo contou com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), da Fundação Frederich Ebert Stiffung e do Ministério da Justiça.
Elas também acreditam que a política de segurança pública deve ser realizada em conjunto com a comunidade de maneira a garantir a participação das mulheres e respeitar as realidades locais. Para as mulheres, a construção de uma cultura de paz deve estar pautada no direito às diferenças e na liberdade. A elaboração de políticas de segurança também deve ter entre suas prioridades o enfrentamento à violência doméstica.
A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (Seppir), Nilcéa Freire, disse que é dever do Estado fazer com que essas políticas públicas sejam feitas levando em conta o diálogo com a comunidade.
O estudo Mulheres: Diálogos Sobre Segurança Pública entrevistou 213 mulheres de sete cidades das cinco regiões do país, de todas as classes sociais e de diversas ocupações. A maior parte delas, 61%, tinha entre 40 e 69 anos; 20% entre 30 e 39 anos; 17% entre 20 e 29 anos e 2% entre 15 e 19 anos.