(Porto Velho) No último dia 12/09 em Ji-paraná o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou uma audiência, referente ao processo Nº. 137/2007, instaurado com o objetivo de investigar graves denúncias de assédio moral no Banco do Brasil (BB), na agência de Vilhena, denunciado em fevereiro deste pelo Sindicato dos Bancários de Rondônia.
Durante a audiência foram colhidos depoimentos de quatro funcionários do banco, e de um diretor do Sindicato José Luiz Paulúcio. A audiência foi presidida pela procuradora Emilie Margret Henriquel Netto e contou com a presença de um advogado do BB e do diretor regional do SEEB em Ji-paraná Irineu Almeida.
O processo foi instaurado a partir de uma Ação ingressada na Justiça do Trabalho, por uma ex-tercerizada que foi uma das vítimas do assédio moral praticado pela administração da agência de Vilhena. Os depoimentos dos funcionários confirmaram fatos denunciados, relatando que o gerente geral da unidade “é uma pessoa difícil de lidar pela forma bruta com o qual ele se expressa, razão pela quais as pessoas que participam das reuniões e lidam com ele diariamente ficam um pouco assustadas”. Os depoentes informaram que o gerente “mudou após os fatos, estando mais contido”.
O diretor regional do SEEB em Vilhena, José Luiz Paulúcio, confirmou todas as declarações anteriores dadas no processo judicial, informando que o gerente “logo que chegou à agência proibiu as realizações de reuniões do Sindicato com os trabalhadores dentro da empresa que era permitido nas gestões anteriores”. Além disso, o gerente dificulta o acesso de dirigentes sindicais nas dependências do banco, numa clara pratica anti-sindical. Outro fato relatado é o de que após as denúncias do Sindicato o gerente administrativo passou a ficar encarregado de dirigir as ordens aos empregados, tendo o gerente geral “perdido essa atribuição”.
“O que ocorreu em Vilhena foi um dos piores casos de violência organizacional que o sindicato acompanhou, em outra situação, inclusive no BB, o assunto foi tratado administrativamente com atenção devida. Espero que o MTP/RO imponha sanções severas que possam banir essa prática aparentemente institucional do Banco do Brasil”. Conclui, Cleiton dos Santos, presidente do Sindicato.
Seqüelas da violência organizacional
Após as denúncias em que pese o gerente ter mudado o seu comportamento e não se reportar diretamente aos funcionários, o clima organizacional continua deteriorado, pois vários funcionários relataram que o gerente não lhes dirige mais qualquer palavra há vários meses e vice-versa. Não existe atualmente qualquer espírito de equipe entre funcionários e o administrador da agência.
Fonte: Seeb RO