MPF entra com ação para garantir segurança no banco postal dos Correios

Em virtude do aumento dos assaltos aos estabelecimentos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou na terça-feira (23) uma ação civil pública com o objetivo de garantir a segurança das agências. Isto porque desde que começou a funcionar como correspondentes bancários do Bradesco, em 2001, as agências atrairam a atenção dos assaltantes por movimentarem considerável volume de dinheiro.

De acordo com dados da Polícia Federal e do próprio Correios, o crescimento significativo de assaltos, principalmente no interior do Estado, gerou centenas de procedimentos criminais instaurados no MPF/RN. Dessa forma, a ação pretende aplicar a lei de nº 7102/83, que determina a necessidade de vigilância armada em qualquer estabelecimento financeiro.

Segundo o procurador da República, Rodrigo Telles de Souza, que assina a ação, “cabe ao Banco Bradesco e aos Correios garantir a segurança da agência”.

O procurador afirma que a lei estabelece de forma genérica essas medidas de segurança. “Essas providências devem ser acompanhadas pelo Ministério da Justiça e Polícia Federal”, disse, revelando ainda que “as medidas de seguranças dos Correios são claramente insuficientes e exige melhorias”.

Para o Bradesco, a responsabilidade pela segurança das agências é dos Correios. Já a empresa estatal entende que, mesmo atuando como um correspondente bancário, não está sujeita às exigências da lei 7102/83.

Segundo Fausto Weiler, assessor de imprensa dos Correios, a empresa vai recorrer à decisão. “Não consideramos que somos um banco e, por isso, vamos recorrer”, esclareceu Fausto.

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