MP quer lista de empresas terceirizadas pelo Ita£

(São Paulo) Em 1999, o Sindicato de São Paulo entrou na Justiça com um processo (o procedimento preparatório de número 2436/1999) contra a terceirização de serviços bancários no Itaú. Desde então, o processo vem avançando e, nesta quinta-feira, dia 11, o Ministério Público do Trabalho solicitou à entidade uma relação com todas as empresas terceirizadas e autônomos que prestam serviços terceirizados na instituição financeira.

“Precisamos da ajuda de todos os bancários e terceirizados do Itaú para que montemos uma lista a mais completa possível. Nosso objetivo é que todos os profissionais que prestam serviços bancários sejam enquadrados como bancários, com acesso a todos os direitos conquistados pela categoria”, afirma o presidente do Sindicato e funcionário do Itaú Luiz Cláudio Marcolino.

Todos ganham
Ele lembra que o Itaú vem nos últimos anos aumentando perigosamente a terceirização em suas unidades. “Quem hoje é funcionário do banco, mas que tem no seu departamento um colega funcionário de uma terceirizada ou autônomo que realiza serviços bancários, deve saber que amanhã também pode estar na mesma situação. Os bancos sempre querem economizar. Por isso que eles adotam a prática de demitir seus funcionários, que mais tarde serão contratados por terceirizadas ganhando até três vezes menos e sem acesso a conquistas como VR, VA e PLR. Todos têm a ganhar com as denúncias”, diz.

Desde os anos 1980, os bancos têm acelerado o processo de terceirização. Inicialmente foram apenas profissionais sem ligação com o serviço bancário, como seguranças e o pessoal da limpeza, mas o processo foi aos poucos avançando para áreas como auditoria, inspetoria, telemarketing, tecnologia, compensação, transporte e manuseio de numerário, crédito imobiliário, financiamento de automóveis, tesouraria e cartões de crédito, entre outros.

Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP

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