MP da isenção de imposto na PLR deve ser votada na Câmara nesta sexta

A Comissão Mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória (MP) nº 597, de 2012, não alterou o limite de isenção de Imposto de Renda para pagamentos a título de participação nos lucros ou resultados (PLR). O relatório foi lido nesta quinta-feira (17), mas a votação está prevista para ocorrer nesta sexta (18), a partir das 10h, na Câmara dos Deputados.

“Aquele valor (R$ 6 mil) foi um acordo entre as centrais sindicais e o governo. Não caberia mudá-lo”, comentou o relator da MP, deputado Luiz Alberto (PT-BA). Havia emendas, entre as 36 apresentadas, propondo elevação do piso para R$ 10 mil.

Não foi incluída, como se cogitou, a obrigatoriedade de a empresa distribuir parte do lucro líquido aos empregados. Para o deputado, isso poderia dificultar as negociações. Segundo ele, o relatório não foi votado hoje porque houve uma “divergência sobre procedimentos de negociação”.

Em uma das audiências públicas para debater a MP, o representante da Receita Federal, o coordenador-geral de Tributação, Fernando Mombelli, afirmou que a tabela proposta pelo governo abrange 99% dos trabalhadores que recebem PLR. A renúncia de receita de Imposto de Renda é estimada em R$ 1,7 bilhão este ano, R$ 1,8 bilhão em 2014 e R$ 2,09 bilhões em 2015.

A isenção da PLR é resultado de uma campanha feita pelo movimento sindical. Bancários, metalúrgicos e químicos chegaram a realizar manifestações para que o governo atendesse à reivindicação.

Pela tabela, pagamentos no valor até R$ 6 mil ficam isentos; acima desse valor e até R$ 9 mil, têm desconto de 7,5%; acima e até R$ 12 mil, de 15%; depois, até R$ 15 mil, de 22,5%; e acima de R$ 15 mil, 27,5%.

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