Agência Brasil
Rio de Janeiro – Com a finalidade de apoiar a criação da Taxa Internacional sobre as Transações Financeiras, a chamada de Taxa Robin Hood, representantes de organizações de defesa do meio ambiente, do setor de saúde, sindicalistas de várias partes do mundo entre outros, que participam de eventos paralelos à Rio+20, se reuniram hoje (19), na capital fluminense, para uma mobilização global a favor da taxa.
A campanha tem como objetivo pressionar os chefes de Estado a se comprometerem com a criação do imposto, que será destinado à promoção de postos de trabalho dignos e sustentáveis; ao combate à pobreza e a desigualdades; ao fortalecimento das ações contra as mudanças climáticas; além da promoção de serviços públicos, como de saúde e educação. De acordo com estudo da Confederação Sindical Internacional (CSI), feita em 13 países, 63% das pessoas consultadas apoiam a criação da Taxa Robin Hood.
Para o secretário regional da InterAméricas da Internacional de Serviços Públicos (ISP), Jocélio Drummond, “esse seria um imposto sobre o capital que é usado para a especulação e investimentos, e que não gera nada de positivo, a não ser o lucro para o seu proprietário”, ressaltou.
O economista da organização não governamental Conselho Latino Americano e Caribenho de Organizações com Serviços em Aids, Cláudio Fernandes, disse que os recursos obtidos por meio da taxa também poderiam ampliar o tratamento e a prevenção da aids nos países mais necessitados, que atualmente só recebem investimentos maciços na época do carnaval.
“Nosso objetivo é conseguir a aprovação deste imposto, e depois vinculá-lo ao desenvolvimento humano e ambiental sustentável. Com a taxa, as contribuições deixariam de ser filantrópicas para se tornarem políticas públicas internacionais, de forma sistêmica”, disse.