A agência Moody’s rebaixou nessa segunda-feira, dia 16, de um a dois graus a qualificação de dez bancos e três instituições financeiras italianas, após reduzir na semana passada a nota da dívida soberana da Itália para “BAA2”, com perspectiva negativa.
“Esse rebaixamento se deu depois do enfraquecimento do perfil creditício do governo italiano (…) o que significa o risco de as autoridades não oferecerem assistência financeira aos bancos em caso de dificuldades econômicas”, afirmou Moody’s em comunicado.
A agência americana detalhou que o rebaixamento de um grau afeta a qualificação que concede a sete entidades financeiras, enquanto no caso dos outros seis a degradação é de dois graus.
Os afetados pelo rebaixamento de dois graus são UniCredit, Intesa Sana, Carifirenze, Istituto Mobiliare Italiano (IMI), Cassa Depositi e Prestiti, e o Istituto Servizi Mercato Agricolo Alimentare, todos rebaixados ao mesmo nível da dívida soberana, “BAA2” (“aprovado”).
O rebaixamento de um grau afeta os bancos Monte Parma, Cariparma, Popolare Friuladria e GE Capital, para “BAA2” (“aprovado”), enquanto UniCredit Leasing, Carige e Credito Emiliano ficam em “BAA3” (“aprovado baixo”), a um passo do “bônus lixo”.
Enquanto isso, a agência manteve a nota que concede a Banca Nazionale del Lavoro em “BAA2”, a dois passos de ficar em “bônus lixo”, ao considerar que existe uma “probabilidade alta” de receber apoio de sua matriz, BNP Paribas.
Moody’s justificou o rebaixamento da dívida soberana da Itália por um índice de confiança dos mercados “cada vez mais baixo”, pelo “risco de contágio” da Grécia e Espanha.