A greve dos bancários chega nesta quinta-feira (15 de outubro) ao seu décimo dia. Na base do Sindicato de Mogi das Cruzes (SP) em que estão inseridas também as agências de Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis, o número de agência paralisadas chega a 74, o que representa um contingente de 98%.
Até o momento, não houve qualquer manifestação por parte da Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) sobre uma nova rodada de negociação, o que obriga a categoria a manter a greve por tempo indeterminado.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi e Região, Francisco Candido, explica que o objetivo é buscar melhorias não somente aos trabalhadores, mas sobretudo à população, refém de um atendimento aquém do desejável:
"Tudo isso é resultado da ganância dos banqueiros que mesmo com lucros nas alturas a cada ano deixam de contratar e valorizar seus funcionários, o que reflete na qualidade do atendimento e dos serviços prestados nas agências. Continuamos fortes e unidos para combater essa exploração por quanto tempo for preciso", diz.
Estão entre as reivindicações dos bancários o reajuste salarial de 16% (composto de reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR), piso e vales alimentação e refeição maiores, mais segurança, fim das demissões e da terceirização, além de melhores condições de trabalho com o combate às metas abusivas e ao assédio moral.
A proposta da Fenaban foi de reajuste de 5,5% e abono de R$ 2,5 mil não incorporado ao salário e demais verbas. Além de não repor sequer a inflação de 9,88% (INPC), o índice representa perdas de 4% nos salários e demais verbas da categoria.