A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), retoma nesta quinta-feira (26) a mesa de negociação permanente com o banco público. Em pauta, estão reivindicações como a reversão dos descontos e reflexos na carreira dos empregados que aderiram à paralisação de 15 de março e as greves gerais dos dias 28 de abril e 30 de junho; e o não fechamento de agências, em especial as que atendem a população mais pobre, localizadas nas periferias, onde bancos privados não tem o interesse de atuar.
“Vamos para mesa permanente de negociação defender os empregados e a Caixa 100% pública. Sobre os descontos e reflexos na carreira dos bancários que aderiram à paralisação e as greves gerais, a direção do banco já disse mais de uma vez ter disposição para negociar. Mas que disposição é essa? Os empregados continuam com faltas injustificadas, descontos e reflexos na carreira”, enfatiza o diretor da Fenae e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
Contratação
A CEE/Caixa voltará a reivindicar a contratação de mais empregados e cobrar posicionamento da empresa sobre fechamento de agências. “Queremos condições dignas de trabalho, a fim de cumprirmos a missão que a Caixa vem se impondo ao longo de 146 anos de sua existência: de ser o principal banco social do governo federal”, diz Dionísio Reis.
Serão debatidos ainda outros pontos como dispensas de função efetuadas com o código 952 e o código 008 – RH 184, condições de trabalho supervisor de canais (gerentes de canais), regularização do contencioso FUNCEF, retirada de restrição de áreas para inscrição e concorrência em processos seletivos internos, promoção por mérito – exclusão das alterações efetuadas no normativo interno, especificamente, restrição de três ausências, restabelecimento do Vale Cultura, e atendimento do Saúde Caixa.
Reversão do retrocesso trabalhista
Também na mesa de negociação permanente de quinta 26, a CEE/Caixa entregará à direção do banco proposta de Termo de Compromisso para resguardar os direitos dos empregados, previstos na Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Aditivo da Caixa, diante da reforma trabalhista de Temer que começa a valer em 11 de novembro.
“Os empregados da Caixa, com o acordo de 2 anos, fruto da Campanha Nacional 2016, têm direitos resguardados até 31 de agosto de 2018. Não aceitaremos desrespeito e queremos deixar isso ainda mais acertado no termo de compromisso”, destaca Dionísio, ressaltando ameaças como o trabalho temporário, o intermitente, a contratação de autônomos (PJ) e terceirizados, a responsabilização dos empregados em caso de teletrabalho, o risco de perda de direitos diante do enfraquecimento da relação com os sindicatos.
Preparatória
A Comissão Executiva dos Empregados, que é formada por representantes de sindicatos e federações, realiza reunião preparatória nesta quarta-feira, a partir das 14h, na sede da Fenae, em Brasília.