Mesa de negociação discute saúde e PCCS com Banco da Amazônia

Terceira mesa permanente de negociação com Banco da Amazônia

Dando continuidade ao calendário de negociação permanente no Banco da Amazônia, as Comissões dos Empregados e do Banco se reuniram, nesta segunda-feira (20), mais uma vez, e a pauta do dia foi sobre o plano de saúde. Mas antes, os consultores da Deloitte, Lídia Machado e Edson Cedraes fizeram uma apresentação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), que faz parte do projeto do novo modelo de gestão de pessoas.

Segundo a empresa de consultoria, o PCCS está na fase inicial. A empresa está fechando o levantamento que foi feito em outros bancos, que adotam um modelo de PCCS, junto com o resultado da pesquisa de percepção do clima organizacional feito com os empregados via intranet.

Ainda de acordo com a Deloitte, o PCCS será a partir de duas concepções: gestão de pessoas por competência (mesma formação, experiência) e por resultados, ou seja, o que vai fazer a diferença entre os empregados que desenvolvem a mesma função será a produtividade.

“Para nós, a forma como está sendo conduzida a construção do PCCS vislumbra uma individualização e uma construção unilateral do Banco sem a participação dos representantes dos trabalhadores, pois a nossa reivindicação é de mesa paritária que realmente debata e construa uma proposta que realmente atenda a demanda dos trabalhadores e trabalhadoras. A atualização do PCCS do Banco da Amazônia é uma bandeira de luta histórica dos empregados e empregadas da instituição, por isso não abrimos mão de defender ativamente os interesses dos trabalhadores na construção desse novo PCCS”, avalia a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Uma das novidades ficou por conta da remuneração variável que vai ser definida através da avaliação de produtividade/ resultado do trabalhador. Segundo a empresa de consultoria, para cada critério da remuneração variável será atribuído um valor.

Durante a apresentação, o Sindicato questionou a ausência dos critérios de antiguidade e merecimento, e foi informado que não estavam inclusos explicitamente porque esses itens são obrigatórios por lei, e por serem imprescindíveis, estariam implícitos. Mas as entidades cobraram que os itens estejam escritos e claros na metodologia do Plano.

De acordo com a Deloitte, o PCCS estará mais ligado à ascensão profissional do que aos ganhos salariais e a implantação do Plano deve ocorrer no início do próximo ano.

Paridade

Os representantes dos trabalhadores reforçaram mais uma vez a importância de ser respeitada a paridade durante o processo de construção do PCCS. “As entidades desejam e querem participar, mas que não sejamos apenas ouvintes, mas que possamos contribuir na elaboração e que para isso nos seja dado um tempo hábil para se analisar as propostas do banco junto com a empresa de consultoria, pois a valorização dos empregados deve ser levada sempre em conta, bem como a correção da desigualdade salarial existente entre os demais bancos federais; considerando ainda o critério que possibilite o encarreiramento profissional com dignidade”, ressalta o vice-presidente da Fetec-CUT/CN, diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade.

Programa de saúde

O Banco da Amazônia apresentou um estudo sobre a atual situação do sistema do programa de saúde adotado pelo banco, o Amazônia Saúde, onde o funcionário custeia o próprio plano e depois tem parte dos gastos reembolsados pelo banco conforme a faixa salarial e o teto de reembolso que é de R$ 807,83.

Segundo o estudo, o custeio do trabalhador com o plano de saúde está na média dos demais bancos. O Sindicato ponderou e disse que tem trabalhador que compromete cerca de 15% do salário com o plano. O banco informou que são casos isolados e que pretende alterar a metodologia de reembolso atual de forma que seja mais justa.
As entidades sindicais pediram o estudo apresentado para poderem analisar o conteúdo. A Comissão informou que só depois de o trabalho ser apresentado à diretoria do banco é que poderá disponibilizar para as entidades.

“Vale ressaltar que vários avanços no plano de saúde foram graças à luta das entidades em outras mesas de negociação, como o reajuste da ANS e atualização da tabela de reembolso”, lembra o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Carlindo Dias “Abelha”.

Além do secretário da Contraf-CUT, a Comissão dos Empregados foi composta pela presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim e do vice-presidente da Fetec-CUT/CN, diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade, o diretor do Sindicato e também empregado do banco, Luiz Otávio Pereira, o diretor da Federação e empregado do Banco da Amazônia, Ronaldo Fernandes, e pelo assessor jurídico do Sindicato, Luiz Fernando Galiza.

Também participaram da reunião os consultores da Deloitte, Fernanda Gene e Marcos Barreto, ambos da Gereo, o coordenador da Comissão e gerente executivo da Gesop, Francisco Moura, outro gerente executivo, Oduval Lobato Neto (Gprog), as gerentes executivas, Bruna Carla Paraense (Gepes), Ana Paula Bulhões Leal (Gecor) e ainda a secretaria da Comissão, Maria José Amaral.

A próxima reunião está marcada para 11 de agosto e irá discutir a segurança do trabalho.

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