Mesa bipartite de segurança debate extensão de apoio psicológico a familiares de bancários vítimas de sequestro

A extensão do atendimento psicológico e segurança aos familiares de bancários vítimas de sequestro, ou extorsão mediante sequestro, com a finalidade de roubo a banco foi a principal reivindicação apresentada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, durante reunião da mesa permanente de negociação de Segurança com a Fenaban, realizada nesta segunda-feira (18), na sede da Federação dos Bancos, em São Paulo.

Gustavo Machado Tabatinga, secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT, lembrou que muitos funcionários vítimas dessa modalidade ainda acabam demitidos. “Por isso, outra reivindicação cobrada na mesa é a de que os bancos abandonem esse tipo de penalização”, revelou. A Fenaban se comprometeu a negociar ambas as reivindicações durante a Campanha Nacional.

Na reunião, os representantes dos bancos apresentaram dados sobre roubos a agências e postos de atendimento no primeiro semestre. Segundo eles, houve apenas 212 ações criminosas contra estabelecimentos financeiros.

Os dados não foram debatidos com os representantes dos trabalhadores, que criticaram a falta de informações complementares. A Fenaban não informou, por exemplo, os locais de maior incidência de violência.

“A Fenaban não contabiliza ações como as 'saidinhas', que começam dentro das agências graças a falta de vontade dos bancos em implantar nas áreas dos caixas automáticos medidas de segurança propostas pelo movimento sindical, como biombos e divisórias que impeçam a visão do tipo de transação que está sendo feito nas máquinas”, criticou Gustavo Tabatinga.

A Campanha Nacional de 2012 conquistou a concretização de um projeto-piloto em cidades pernambucanas determinando que cada agência tenha pelo menos dois vigilantes, biombos entre os caixas e a fila, e portas giratórias com detector de metal, incluindo agências de negócios e as localizadas em shoppings.

Entre agosto de 2013 e agosto de 2014, houve redução de 50% nos roubos a unidades (caíram de 30 em 2013 para 16 em 2014), segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Os dirigentes cobraram também o retorno das comissões bipartites entre o movimento sindical e os bancos para negociar avanços na área de segurança.

“Precisamos voltar a debater os novos modelos de projetos de segurança nas agências de todo o Brasil. É importante manter o debate sobre segurança, pois é um tema que envolve toda a categoria”, finalizou o secretário.

 

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