Foi realizada no dia 19 de março, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de Belo Horizonte, mesa redonda entre o Sindicato e o Mercantil do Brasil motivada pela denúncia acerca da dispensa discriminatória de trabalhadores lesionados, do fechamento de agências no interior do estado e da dispensa coletiva de trabalhadores por parte do banco. O Ministério do Trabalho e Emprego determinou que o banco apresente em 20 dias o levantamento completo das demissões ocorridas na base territorial do Sindicato.
Na reunião, que durou mais de uma hora, o Sindicato exigiu o fim de todas as demissões imotivadas que angustiam os trabalhadores e também a reversão das demissões de funcionários com histórico de doença comum ou doença/acidente de trabalho, que tenham recebido auxílio-doença acidentário nos últimos cinco anos.
Após respostas evasivas sobre as reivindicações do Sindicato e sem justificativas plausíveis sobre a política de demissões de trabalhadores doentes, o Mercantil do Brasil será obrigado pelo MTE a apresentar, no prazo máximo de 20 dias, levantamento estatístico e nominal de todos os bancários dispensados na base territorial do Sindicato, no período de 1º de outubro de 2007 a 31 de março de 2008, assinalando aqueles que têm histórico de doença comum ou doença de acidente de trabalho. A medida vale inclusive para os funcionários das agências de Florestal, Belo Vale, Felixlândia e Carmo do Cajuru, que terão suas atividades encerradas no dia 11 de abril de 2008.
Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, a reunião foi de extrema importância para os trabalhadores do banco. “Assim que o Mercantil do Brasil apresentar a lista de dispensas ficará evidenciada a perseguição da empresa aos trabalhadores lesionados e com histórico de doença comum. Após a investigação do Ministério Público, o banco terá que recuar com sua política injusta de demitir funcionários lesionados”, enfatizou.
Vanderci Antônio, também funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, apresentou denúncia de vários bancários do Mercantil do Brasil contra a Ocupacional, empresa terceirizada que realiza exames periódicos nos funcionários do banco. Segundo a denúncia, os resultados dos exames já vêm com pré-assinalação de apto, mesmo que o bancário apresente ao médico histórico de problemas de saúde. “O próximo passo é uma representação junto aos órgãos competentes de medicina com o objetivo de coibir mais esta irregularidade do Recursos (des)Humanos do Mercantil do Brasil”, ressaltou.
A próxima mesa redonda acontecerá no dia 10 de abril, às 10h, na sede da DRT em Belo Horizonte.