Marilena Chaui analisa a cultura como direito e a m¡dia como poder

(São Paulo) Já estão nas livrarias dois lançamentos da Editora Fundação Perseu Abramo: “Cidadania cultural – O direito à cultura” e “Simulacro e poder: uma análise da mídia”, de autoria da filósofa Marilena Chauí.

 

O primeiro livro é dividido em quatro ensaios, em que a filósofa trata de questões centrais do debate político e intelectual da atualidade. Retomando as discussões sobre o  nacional e o popular na cultura e apresentando um balanço de sua atuação na Secretaria Municipal  de Cultura de São Paulo no início dos anos 1990, Chauí interliga a questão do direito à cultura e à memória, democracia e socialismo, propondo um olhar instigante e  revelador sobre a cultura e suas condições de produção e difusão, sempre a partir de um ponto de vista de esquerda.

 

Afinal, para a  autora, “O laço que une esquerda e cultura é  indissolúvel porque é próprio da esquerda a posição  crítica, visando  à ruptura das condições estabelecidas, nas quais se reproduzem a exploração e a dominação, assim como lhe é próprio afirmar a possibilidade da justiça e da liberdade, isto é, da emancipação, por meio da prática social e política”.

 

Uma análise da mídia
A abolição da diferença entre os espaços público e privado e como os códigos da vida pública passam a ser determinados e definidos pelos códigos da vida privada, são temas centrais que a Marilena Chaui discute em “Simulacro e poder: uma análise da mídia”.

Para a professora, enquanto o pensamento e o discurso de direita reiteram o senso comum que permeia a sociedade, no caso da  esquerda, ela precisa ultrapassar obstáculos como a desmontagem desse senso comum, da aparência de realidade e verdade que as condições sociais e as práticas existentes parecem possuir, a reinterpretação da realidade.

 

E precisam “criar uma fala nova, capaz de exprimir a crítica das idéias e práticas existentes, capaz  de mostrar aos interlocutores as ilusões do senso comum e, sobretudo, de transformar o interlocutor em parceiro e companheiro para a mudança daquilo que foi criticado”.

 

Na sociedade contemporânea, as noções de credibilidade ou plausibilidade e confiabilidade substituíram as categorias da verdade e da falsidade; os fatos deram lugar a declarações de “personalidades autorizadas”, que não transmitem informações, mas preferências, as quais se convertem imediatamente em propaganda. A partir deste quadro, Marilena Chaui discute em Simulacro e poder: uma análise da mídia a questão do poder e dos meios comunicação, apresentando idéias e discussões instigantes sobre pontos centrais para entender o mundo de hoje.

O livro traz ainda dois ensaios que abordam questões relativas à democracia, aos direitos e à violência no Brasil: Direitos humanos e medo e Democracia e autoritarismo: o mito da não-violência.

SERVIÇO

Cidadania cultural – O direito à cultura
Páginas: 148

Ano: 2006

Edição: 1ª

Preço: R$ 25

 

Simulacro e poder: Uma análise da mídia
Páginas: 144
Ano: 2006
Edição: 1ª
Preço: R$ 25

Fonte: Fundação Perseu Abramo

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