Mapa da Diversidade: Coleta de dados começa dia 9 e Contraf divulga materiais

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) lançou nesta quarta-feira, dia 2, o Programa Valorização da Diversidade no Setor Bancário. O evento contou com a presença de representantes do movimento sindical bancário, dos bancos e demais parceiros do projeto.

Na avaliação da secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Arlene Montanari, o programa que começa agora a ser aplicado é extremamente importante. “É fruto de intenso debate e pressões do movimento sindical, desde antes da instalação da mesa temática de igualdade de oportunidades, em 2000. Ao meu ver, ao chegarmos até aqui, consolidamos uma importante dinâmica em torno da questão”, ressalta. “O preenchimento da pesquisa é voluntário, por isso é de extrema importância o engajamento dos sindicatos, no sentido de incentivar o bancário a responder, deixando claro que é justamente a categoria quem tem mais a ganhar com todo o processo”, destaca Arlene.

Nesse sentido, a Contraf-CUT está disponibilizando na área de Downloads (acesso restrito) de seu site materiais específicos para a divulgação da pesquisa junto aos bancários. Artes em alta definição de outdoor, adesivo, flyer e banner para internet estão prontos para uso dos sindicatos e federações filiados. Cartaz e camiseta serão diulgados em breve.

O Mapa da Diversidade é um levantamento entre os bancários, tendo como foco dados de cor, raça, gênero, idade e cargo (data da admissão, ascensão e remuneração). A pesquisa estará disponível para preenchimento entre os dias 9 de abril e 23 de maio. A previsão de duração de todo o programa é de três a cinco anos.

O censo e demais informações sobre o Programa Valorização da Diversidade no Setor Bancário está disponível no site www.febraban.org.br/diversidade.

Adesão

A adesão dos bancos ao programa também é voluntária e diversas instituições optaram por não participar. “Da mesma forma que é importante que os bancários respondam o questionário, os dirigentes sindicais dos bancos ‘ausentes’ precisam pressionar as diretorias a aderir ao programa e colaborar com a diminuição das desigualdades”, sustenta Arlene. No total, 16 bancos participam do programa até agora, reunindo mais de 400 mil bancários: Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú, Real-ABN, Santander, HSBC, Unibanco, BNB, Fibra, Banco Industrial e Comercial, Mercantil, Nossa Caixa, Safra, Votorantim e Banestes.

Lançamento

Na abertura do evento, o presidente da Febraban, Fábio Barbosa, relatou a sua preocupação frente às discriminações. “Se cada setor fizer a sua parte, caminharemos para resolver um dos grandes problemas sociais. Por isso, estamos fazendo a nossa parte, de forma a incentivar outros setores no combate às discriminações”, afirmou.

Mário Sérgio Vasconcelos, da Febraban, explicou que o primeiro passo do programa é a realização do Mapa da Diversidade, a partir do qual serão realizadas etapas de sensibilização e educação visando o combate às discriminações nos bancos.

Durante o lançamento, a diretora do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade), Cida Bento, classificou o programa como um passo significativo para que o Brasil se torne, de fato, um país da diversidade. “Estamos saindo da posição de denúncia para protagonizarmos a construção de propostas para acabar com os preconceitos. E esse é um processo que envolve mudanças organizacionais, do qual todos devem participar”, avisa a representante da entidade responsável pela assessoria do projeto.

A diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Laís Abramo, ressaltou em sua explanação dois aspectos do programa: “São relevantes a experiência da interlocução e o diálogo social com vistas à promoção da inclusão no mercado de trabalho”.

A Procuradora do Trabalho, Elisa Maria Malta, por sua vez, apontou o compromisso do setor bancário de corrigir preconceitos, enquanto a representante do Ministério do Trabalho, Lucíola Rodrigues, ressaltou a importância das parcerias, das etapas educativas com intuito de mudar mentalidades e atitudes, bem como a sensibilização das chefias dos bancos, sem a qual o programa teria dificuldades de alcançar objetivos.

Fonte: Contraf-CUT, com informações de Lucimar Cruz Beraldo, Fetec-SP

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