A cada dia aumentam as denúncias contra o governo e cresce a rejeição da população contra Bolsonaro. Não bastasse ignorar uma pandemia que já matou mais de meio milhão de brasileiros, nada faz para combater a crise e a miséria que atinge o país. Agora surgem mais indícios de corrupção na compra de vacinas. Não por acaso sobem cada vez mais os índices de rejeição ao governo e ao presidente.
É nesse momento que a população manifesta mais uma vez sua indignação. No próximo sábado, dia 3 de julho, mais manifestações estão programadas em todo o Brasil, convocadas pelos movimentos sociais, centrais sindicais e outras entidades e associações populares, entre as quais a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A crise que atinge o país é fruto de um ataque generalizado que o governo Bolsonaro faz contra as conquistas e os direitos da população. Não é por acaso que o Brasil chegou, no primeiro trimestre deste ano, à taxa de desemprego de 14,7%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São cerca de 15 milhões de brasileiros desempregados. A fome está cada vez mais presente na mesa das famílias e a inflação não cansa de subir. Enquanto aumenta a miséria da população, o governo também acelera seus planos de desmonte das empresas estatais. Aprovou no Congresso a privatização da Eletrobras e os bancos públicos também estão na mira dos bolsonaristas.
É nesse cenário que a população assistiu nos últimos dias a novas denúncias de corrupção na compra de vacinas, envolvendo vários bilhões de reais. Por tudo isso, a campanha “Fora Bolsonaro” marcou as manifestações para o próximo sábado (3). A campanha é composta pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam os maiores partidos políticos e centrais sindicais, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores (CUT). O movimento é também pelo auxílio de R$ 600, contra o desmonte do serviço público, contra a miséria, por vacina já para todos e todas, mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e por geração de empregos.
Da mesma forma que os protestos de 29 de maio e de 19 de julho, serão atos, manifestações nas redes sociais, carreatas e outras formas de expressar a indignação. Por causa do risco de contágio, todos os cuidados estão sendo tomados para esses eventos, com o distanciamento social nas manifestações de rua e o uso intenso das redes sociais.