Mobilização defende projeto de lei que criminaliza homofobia
Uma performance teatral, discursos contra a violência e a reivindicação da aprovação de projeto de lei que criminaliza a homofobia marcaram a manifestação realizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, na terça-feira, 17, Dia Internacional Contra a Homofobia.
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“Celebramos a data hoje pois foi em 17 de maio de 1990 que a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial da Saúde”, explicou o representante do Sindicato no Coletivo Estadual LGBT da CUT e dirigente sindical Maikon Nunes Azzi, que comandou o ato na Praça Antonio Prado, centro da capital.
O principal objetivo da manifestação foi reforçar a luta pela aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei Complementar 122, que criminaliza a homofobia e que estava previsto para ser votado no dia 12 de maio na Comissão de Direitos Humanos. Porém, sob argumentação da necessidade de maior debate sobre o tema, saiu da pauta do Senado sem indicação de retorno.
De autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), o projeto tramita há dez anos no Congresso e já passou pela Câmara.
“Apenas em 2010, aconteceram mais de 200 assassinatos de homossexuais no Brasil, segundo o Grupo Gay da Bahia. E tratam-se de crimes bárbaros, muito violentos. Não podemos olhar isso e ficar de braços cruzados”, diz Maikon, que nesta quarta 18 participa, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, da 2ª Marcha Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia.
“Nosso Sindicato não pode nem irá se furtar a esta luta tão importante, por isso estamos enviando para a capital federal um ônibus com dirigentes sindicais para reforçar a marcha, pressionando pela aprovação do PLS 122”, disse a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.
Abaixo-assinado
O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (ABGLT), Toni Reis, entregou à presidente em exercício da Câmara Federal, deputada Rose de Freitas, um abaixo-assinado com cerca de 100 mil assinaturas em apoio ao PLC 122/06.
“Somos a favor da liberdade de expressão, mas ninguém pode expressar opiniões que incitem a violência”, afirmou. As assinaturas também foram entregues à senadora Marta Suplicy, 1ª vice-presidente do Senado, para que sejam levadas ao presidente daquela Casa, José Sarney.