O Jornal Correio Braziliense publicou matéria nesta sexta-feira (8) com informações não oficiais sobre um novo processo de reestruturação a ser realizado pelo Banco do Brasil. Há cerca de um ano, o mesmo jornal publicou antecipadamente os detalhes sobre a reestruturação que culminou com o corte, descomissionamento e rebaixamento de cargos de milhares de funcionários, com a implantação de um plano de aposentadoria e fechamento de centenas de locais de trabalho.
“Estamos nos antecipando e solicitando ao Banco que dê transparência aos processos em andamento para que tenhamos negociação das condições de trabalho dos funcionários. Não queremos que os funcionários sejam surpreendidos com anuncio do corte de vagas e fechamento de agências pela TV no domingo à noite, como no ano passado”, afirmou Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício ao BB solicitando explicações sobre a matéria e manifestando preocupação com os funcionários, considerando os traumas ainda sentidos pela última reestruturação. O corte de funcionário, rebaixamento salarial e de funções foi objeto de diversas ações sindicais, paralisações e ações judiciais, além de alvo de processo de mediação instaurado no Ministério Público do Trabalho.
“Não podemos admitir que os funcionários sejam informados sobre as ações do banco pela imprensa. Isso já aconteceu no final do ano passado, quando o banco deu início a um grande processo de reestruturação que levou à redução de rendimentos dos funcionários, mudança de locais de trabalho, fechamento de agências, entre outras mudanças. Existem canais de comunicação direta com os trabalhadores e seus representantes. O Banco do Brasil deveria ter uma postura diferente, de diálogo”, criticou Carlos de Souza, secretário geral da Contraf-CUT.
“A Contraf-CUT está atenta a todas as movimentações e publicações e não medirá esforços para defender os funcionários do BB”, completou o coordenador da CEBB, lembrando que recentemente o BB foi obrigado a cumprir decisão judicial de incorporação de função, que beneficia funcionários atingidos pela reestruturação iniciada ainda em 2016.
“Se tudo isso for verdade, trata-se de mais um grande ataque contra os trabalhadores do Banco do Brasil que merecem respostas imediatas”, afirmou Carlos de Souza.
Leia matéria publicada no Correio Braziliense.