Em 16 de outubro do ano passado, uma sexta-feira, a bancária Ana Cristina Domingues Paravidine, em home office por conta da pandemia da Covid-19, havia chegado de uma consulta médica e, ao tentar enviar o atestado, não conseguiu acessar no seu computador o sistema do Bradesco. Somente seis dias depois descobriu o motivo: havia sido demitida após 35 anos de dedicação ao banco. Ela não recebeu nenhum telefonema, e-mail ou qualquer comunicado informando da demissão.
Foram meses de muita apreensão e preocupação com o futuro, mas agora a sensação, como ela própria define, é de alívio. Em mais uma ação vitoriosa do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ), ela foi reintegrada nesta segunda-feira (20) e está de volta à agência 0065, no Centro da cidade.
Aos 54 anos, portadora de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) adquirida em décadas de trabalho como bancária, Ana Cristina conta que precisou enxugar despesas, se adaptar à nova realidade, mas nunca perdeu a esperança. “Não tenho palavras para descrever o quanto o Sindicato foi importante, o quanto recebi de atenção. Foram todos excepcionais”, agradece. “Estou muito feliz e grata com essa conquista. É um alívio voltar ao trabalho”, descreve.