A Prefeitura do Recife interditou na quarta-feira, dia 1º de agosto, mais três agências bancárias por falta de segurança. Foram fechadas as unidades do Banco do Brasil e Bradesco de Casa Amarela e do Itaú em Casa Forte, elevando para oito o número de agências interditadas desde junho.
Além delas, permanecem fechadas, até que se adequem à Lei Municipal de Segurança Bancária, as unidades do Itaú na Encruzilhada, Hospital Português e Caxangá; e Santander em Parnamirim. O Bradesco 17 de Agosto, em Casa Forte, também foi interditado, mas já reabriu por conta de um acordo entre o banco e a Dircon (Diretoria de Controle Urbano).
O Bradesco responde, sozinho, por metade dos assaltos a bancos registrados em Pernambuco durante este ano. Na sexta-feira, dia 27 de julho, o alvo foi a agência da Universidade Rural (UFRPE), que sofreu a segunda investida em 2012.
Outras unidades do Bradesco que já foram vítimas de bandidos este ano são as de Abreu e Lima, Encruzilhada, 17 de agosto, Palmares, Nazaré da Mata, Hospital Oswaldo Cruz e Compesa.
Banco do Brasil e Itaú dividem a segunda colocação em número de assaltos, uma posição acima do Santander. Entre as agências do Itaú que já foram vítimas de assaltantes estão a de Prazeres, Praça do Entroncamento e Hospital Português.
No caso do Banco do Brasil, as unidades do Derby, Afogados e o Banco Popular em São Miguel-Arcoverde são algumas que foram alvos de assaltos. “Até agora, nenhuma agência de banco público tinha sofrido interdição. No entanto, os números mostram o quanto a segurança é vulnerável no Banco do Brasil. Espero que a interdição do BB de Casa Amarela sirva como pressão para que o banco invista na proteção da vida de seus empregados e clientes”, afirma o secretário do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Flávio Coelho.
As agências interditadas, assim como a maioria, não têm os equipamentos de segurança previstos por lei. “O número de vigilantes é insuficiente, não há vidros blindados nem garagem para carro-forte, entre outros problemas”, diz Flávio. Ele esteve durante o dia nas agências interditadas e conversou com os trabalhadores.
No entanto, em todas elas, os empregados continuavam trabalhando internamente, apesar da orientação contrária do Sindicato. “Se a agência é insegura, os bancários não podem ficar expostos ao risco”, afirma o dirigente sindical.