Mais dois bancários foram vítimas de sequestros com as famílias feitas reféns no interior de São Paulo. Em Hortolândia, a família de um gerente sequestrado passou a noite de segunda-feira (24) em um cativeiro e só foi libertada após ele conseguir que outros funcionários da instituição financeira liberassem o dinheiro do cofre do banco. Em Monte Mor, crime semelhante foi registrado há 18 dias. Na ocasião, a quadrilha não conseguiu o dinheiro.
Hortolândia
O bancário foi rendido na casa dele, por volta das 21h, por três homens armados com metralhadora, pistolas e facões. Na casa, estavam a mulher da vítima, três filhos na faixa de idade entre 12 e 15 anos, e a mãe dele, de 64 anos. Inicialmente eles reviraram a casa e levaram notebook, dois televisores, roupas, cinco celulares e documentos.
As vítimas foram transportadas em três veículos. Um deles era do bancário. O comboio seguiu em direção a Campinas. Os familiares foram obrigados a permanecer de cabeça baixa.
Um dos assaltantes obrigou que a vítima fosse trabalhar normalmente, enquanto os restantes permaneciam com a família. Somente depois que entregasse a quantia, teria os parentes soltos.
Na casa do bancário não há sinais de arrombamento, segundo a polícia, porque os criminosos entraram pela porta da frente.
Quando chegou à agência, o funcionário estava acompanhado de um bandido que o fez mostrar uma foto aos colegas de trabalho da vítima com a família dele sob a mira de armas de grosso calibre.
As vítimas foram libertadas ilesas às margens da Rodovia Santos Dumont, próximo ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, após serem mantidas como reféns por 13 horas.
O caso foi registrado como extorsão mediante sequestro e não como roubo a banco. Segundo a SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública), um roubo a banco foi registrado em Hortolândia de janeiro a setembro deste ano.
Monte Mor
Em Monte Mor, no dia 7, uma tesoureira de um banco de Monte Mor foi libertada no final da manhã, após permanecer 15 horas em cativeiro. A mulher, mãe, marido e quatro filhos, com idades entre 4 e 13 anos, também foram rendidos por cinco assaltantes.
Nada foi levado porque a bancária não conseguiu abrir o cofre. Na ocasião, ninguém foi preso.