Após a decisão dos bancários de deflagrar greve por tempo indeterminado, tomada na quarta (23) em assembleia com mais de mil trabalhadores, nesta quinta (24), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região estima que 144 agências e dez centros administrativos ficaram sem expediente. São mais de 10,2 mil funcionários de bancos públicos e privados de braços cruzados na capital e região metropolitana.
Todos os bancários esperam ansiosos que a greve sensibilize a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a fazer uma nova proposta. No último dia 17, a Fenaban apresentou um índice de 4,5%, ou seja, apenas a reposição da inflação.
Além disso, a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada é inferior à vigente, fruto da Campanha Nacional dos Bancários de 2008. Diante da lucratividade de mais de R$ 19,3 bilhões, apenas no primeiro semestre, segundo dados do Banco Central, os bancários esperam que a federação patronal melhore significativamente suas propostas para a categoria, dando fim a greve. Por enquanto, sem uma sinalização positiva, segue a greve em todo o país.
Estadual
A mobilização no restante do Estado do Paraná também está forte. Segundo informações da FETEC-CUT-PR, até às 15h desta quinta, 129 agências nas bases sindicais do interior filiadas à CUT também estavam com suas atividades paralisadas.
Depois de Curitiba, com 144 agências paradas, os municípios com maior adesão à greve são Londrina (43 agências), Umuarama (37 agências) e Apucarana (20 agências).
Nacional
A greve dos trabalhadores bancários de Curitiba e região é parte do movimento nacional da categoria por remuneração justa e melhores condições de trabalho. Todas as assembleias de bancários realizadas nas capitais e no Distrito Federal, e na grande maioria das bases sindicais do interior, rejeitaram a proposta rebaixada apresentada pela Fenaban e deflagraram a greve por tempo indeterminado.