Diretores do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e da Federação dos Bancários (Feeb/RS) se reuniram na tarde desta terça-feira, dia 4, com o vereador Carlos Comassetto (PT) e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul(Fetraf Sul), Altermir Antônio Tortelli. Os dirigentes sindicais pediram o apoio para que o Centro de Suporte Operacional (CSO) do Banco do Brasil, em Porto Alegre, não seja transferido para Curitiba.
Ao fim do encontro, ficou combinado a realização de um ato conjunto que reunirá diversas entidades preocupadas com a possibilidade do fim das atividades da plataforma, como a Feeb/RS, Cut/RS, Procergs, Fetag, Fetraf Sul, vereadores e deputados estaduais.
O CSO é responsável pela análise de todas as operações de crédito do BB no Rio Grande do Sul. Sua transferência faz parte de uma política adotada pela direção do banco de centralizar as operações no Brasil.
A comitiva, formada pelos funcionários do Banco do Brasil e diretor de Comunicação do SindBancários, Flávio Pastoriz, os diretores Júlio Soares Vivian, Pedro Loss e o diretor da Feeb/RS, Elói Valdir Horst, o Melão, entregou a Comassetto e Tortelli uma cópia da carta já enviada a diversos parlamentares e à presidência do BB, alertando sobre os prejuízos que o encerramento dos serviços da plataforma irão acarretar.
Além de aumentar o tempo de resposta dos pedidos de empréstimos dos gaúchos, Pedro Loss expôs a preocupação do SindBancários com os 150 funcionários que atualmente trabalham na plataforma. “Essa transferência não irá acarretar só em prejuízos à economia gaúcha, mas também a muitos funcionários que estão no BB há vários anos. São bancários acostumados com a rotina dos serviços de cadastro, fiscalização e estudo de operações de crédito rural e urbano. Eles já estão totalmente capacitados para atender demandas regionais”, explica.
Tortelli considera necessária a manutenção do CSO em Porto Alegre. “Os dados e argumentos contidos nesta carta são realmente significantes. Não é somente uma categoria que irá perder com a perda dos serviços, mas todo o Estado”, pondera.
O vereador Comassetto concorda com a opinião de Tortelli. Ele lembra que o presidente Lula, recentemente, deixou claras suas intenções de o Banco do Brasil ser um banco mais voltado as políticas sociais, e que a transferência do CSO iria contra essa finalidade. Comassetto inclusive propôs um debate mais profundo sobre o tema, com outras entidades, ideia prontamente aceita pela comitiva.
Também participou da reunião o tesoureiro da Cooperativa de Habitação dos Agricultores Familiares, Alcemir Antonio Bagnara.