Lucro líquido do BNDES fica estável no primeiro trimestre

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 1,598 bilhão no primeiro trimestre de 2016. O resultado foi em linha com o registrado no primeiro trimestre do ano passado, quando o lucro foi de R$ 1,585 bilhão.

 

"O principal fator positivo foi o aumento do resultado bruto de intermediação financeira, que alcançou R$ 5,661 bilhões, 31,5% superior ao registrado em 2014", disse a nota distribuída pelo BNDES, na última sexta-feira (13). 

 

Pelo lado negativo, mais uma vez, o BNDES teve prejuízo com suas participações acionárias. No primeiro trimestre, o prejuízo com participações acionárias foi de R$ 22 milhões no balanço consolidado do banco. A BNDESPar, empresa de participações do banco, apurou prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2016, ante perdas de R$ 900 milhões em igual período de 2015.

 

Segundo a nota, o desempenho da BNDESPar no trimestre foi efeito direto do resultado de uma baixa contábil por causa da Petrobras. Foi R$ 1,7 bilhão, líquido de tributos.

 

Por causa da forma como o BNDES contabiliza no balanço consolidado parte dessas perdas contábeis, a consultoria KPMG, responsável pela auditoria independente dos dados, aprovou as informações "com ressalvas". Para a KPMG, o lucro líquido do primeiro trimestre deveria ser R$ 127,4 milhões menor.

 

Também tiveram efeito negativo no resultado dos primeiros três meses de 2016 as despesas com provisão para risco de crédito. O banco de fomento registrou despesas de R$ 871 milhões em 2016, ante R$ 393 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

 

"O aumento da despesa refletiu o ciclo econômico atual, que resultou na revisão da classificação de risco das empresas em geral, sem concentrações em companhias ou setores específicos", disse a nota enviada pelo BNDES na sexta-feira passada, ressaltando que a inadimplência, considerando apenas os créditos vencidos há mais de 90 dias, está em 0,11%.

 

Em termos de indicadores bancários, o índice de Basileia ficou em 15,5% no primeiro trimestre de 2016, ante 14,7% registrados no encerramento de 2015./Estadão Conteúdo

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