Lucro do Santander tem queda, mas continua nas alturas

O Santander divulgou nesta sexta-feira, dia 2, seus resultados no trimestre de 2008. O banco espanhol obteve um lucro líquido de R$ 388,3 milhões no período, uma redução de 30,5% em relação ao resultado de R$ 558,8 milhões de igual período em 2007.

Apesar do aumento de 21,2% da carteira de crédito em relação a março de 2007 (R$ 45,955 bilhões em março de 2008) resultar num aumento de 25,25% nas receitas com operações de crédito (de R$ 1,84 bilhões em março de 2007 para R$ 2,3 bilhões em março de 2008), as receitas com operações de títulos e valores mobiliários e instrumentos de derivativos caíram 30,48% (de R$ 1,650 bilhões para R$ 1,147 bilhões nos respectivos períodos).

O principal destaque nas operações de crédito foi o crescimento de 27,3% das operações com pessoa física, em especial, as operações com cartão de crédito e crédito imobiliário. A provisão para crédito de liquidação duvidosa aumentou em 46%, de R$ 449,97 milhões em março de 2007 para R$ 657,19 milhões em março de 2008. As receitas de prestação de serviços (RPS) aumentaram 12,84%, de R$ 811,7 milhões em março de 2007 para R$ 916 milhões em março de 2008.

“Apesar da queda, o lucro do banco continua estrondoso. E mesmo assim as demissões continuam aqui no Brasil. Uma grande parte destas demissões são de bancários que estão prestes a adquirir a estabilidade pré-aposentadoria. O banco tem se tornado o primeiro em desligamentos. Em muitos casos, as pessoas estão pedindo para sair do banco, pois não estão agüentando a pressão por metas, que tem se tornado prática constante de assédio moral pelo país afora”, explica Paulo Stekel, Diretor Executivo da Contraf-CUT e funcionário do Santander.

“Exigimos que o banco suspenda imediatamente as demissões e passe a contratar mais bancários. Exigimos ainda, a melhoria das condições de saúde, de segurança e de trabalho. O banco tem que combater o assédio moral que corre solto por este Brasil afora em função das metas abusivas. Esta sim deveria ser a atitude do banco como reconhecimento aos bancários que trabalharam muito e produziram este lucro”, diz Paulo Stekel.

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