Lucro do BNDES cresce 25,6% no 1º trimestre e alcança R$ 1,58 bilhão

O lucro líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi de R$ 1,585 bilhão no primeiro trimestre do ano, alta de 25,6% frente igual período de 2012.

Segundo informe contábil publicado na página da internet da instituição de fomento, a elevação do lucro deveu-se ao “crescimento de R$ 497 milhões do produto da intermediação financeira e da receita com reversão da provisão para risco de crédito de R$ 155 milhões registrada” nos três primeiros meses.

No primeiro trimestre de 2012, a provisão para risco de crédito gerou despesa de R$ 31 milhões. Os ganhos com intermediação financeira superaram a redução do lucro da BNDESPar, empresa de participações do BNDES, que registrou lucro de R$ 411 milhões no primeiro trimestre, queda de 23,6% ante o primeiro trimestre do ano passado, 2012.

O Patrimônio de Referência (PR), usado para medir o índice de Basileia, recuou para R$ 84,274 bilhões no encerramento do primeiro trimestre, ante os R$ 89,598 bilhões registrados no fim de 2012. Na mesma base de comparação, o ativo total do BNDES caiu de R$ 715,486 bilhões para R$ 698,412 bilhões e o Patrimônio Líquido (PL) recuou de R$ 52,169 bilhões para R$ 46,799 bilhões.

Ainda segundo o documento, o índice de inadimplência do banco de fomento ficou em 0,04% da carteira total e o índice de Basileia, em 14,5%.

O informe contábil destaca que o indicador de alavancagem está acima dos 11% exigidos pelo Banco Central (BC). Mas, houve recuo frente ao encerramento do quarto trimestre de 2012, quando o índice de Basileia ficou em 15,4%.

No início do mês, o governo editou a Medida Provisória (MP) 618, que autorizou uma capitalização de até R$ 15 bilhões por meio de instrumento híbrido de capital e dívida. O objetivo foi permitir ao banco de fomento seguir emprestando sem afetar seus indicadores de solidez financeira, como o índice de Basileia.

A alta volatilidade nos mercados financeiros e a aversão ao risco decorrentes da perspectiva de retirada de estímulos monetários na economia dos Estados Unidos não afetarão os investimentos previstos no programa de concessões públicas do governo federal, disse ontem o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

“Esses investimentos têm uma curva de rentabilidade de longo prazo, não estão afetados por fatores de curto prazo”, comentou Coutinho ao deixar a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, após reunião com o ministro Guido Mantega e o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e Rodolpho Tourinho, da indústria pesada.

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