Lucro do BNDES cresce 20,4% e atinge R$ 3,2 bilhões no 1º semestre

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 3,261 bilhões entre janeiro e junho de 2013, 20,4% superior ao do mesmo período do ano passado (R$ 2,709 bilhões). Ao divulgar nesta quarta-feira (14) os resultados de desempenho do banco, o presidente Luciano Coutinho, disse que a maior contribuição para o crescimento veio dos financiamentos a projetos de investimentos.

“Mesmo com taxas mais baixas e spreads mais baixos, tivemos um bom resultado”, disse Coutinho ao citar três fatores que contribuíram para o bom resultado: o aumento das operações de crédito, a melhoria do resultado BNDESPar (setor do banco de participação de empresas) e o bom resultado da gestão financeira.

O lucro líquido é calculado com a soma dos resultados de renda fixa, renda variável e tesouraria, subtraído das despesas operacionais, que totalizaram R$ 3,959 bilhões no semestre. Os ativos totais do banco somaram R$ 729 bilhões. O patrimônio líquido de referência ficou em R$ 96,021 bilhões, acima, portanto, dos R$ 89,598 bilhões obtidos em 31 de dezembro de 2012.

Outro fator positivo para o banco foi a queda da inadimplência para 0,02% no semestre, a taxa mais baixa em cinco anos.

Coutinho também fez um panorama da economia mundial no período e ressaltou sinais de melhora nos países desenvolvidos. “A recuperação da economia americana é uma boa notícia. É um fato positivo para a economia mundial e para o Brasil”, comentou.

Sobre a macroeconomia brasileira, Coutinho disse que o BNDES trabalha com cenário de inflação em trajetória de acomodação, continuidade do crescimento de investimentos e taxa de câmbio que incentive as exportações e a competitividade.

Coutinho destacou que a carteira dos bancos públicos (50,3%) superou a dos bancos privados (49,7%), o que não ocorria desde agosto de 2000. O aumento da inadimplência, que ficou em 7,3% em maio de 2013, teria sido um fator importante para esse panorama. Ele acredita, contudo, que os bancos privados estão observando a queda gradual do número de inadimplentes e vão voltar a oferecer de créditos, ao longo do segundo semestre.

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