Eduardo Campos
Valor Econômico | De Brasília
O Banco de Brasília (BRB), controlado pelo governo do Distrito Federal, encerrou 2013 com lucro líquido de R$ 169 milhões, uma queda de 21,4% sobre os R$ 215 milhões de 2012. Com tal resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 17,28%, depois de ter atingido 25,1% em 2012.
Mas a queda na última linha do balanço resultaria de uma postura deliberada da administração do banco, que tem 654 mil clientes. De acordo com o presidente do BRB, Paulo Roberto Evangelista, a decisão foi direcionar investimentos para a ampliação da rede de agências, que subiu de 106 para 115, e a modernização tecnológica, que deve consumir de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões nos próximos anos.
“Foi uma decisão do controlador, de pegar parte do resultado e jogar no caminho da sustentabilidade do crescimento. O importante é que estamos preparando o banco”, diz Evangelista. Os investimentos em tecnologia e novas agências vão continuar em 2014.
No consolidado, o banco fechou o ano com uma carteira de crédito de R$ 7,66 bilhões, crescimento de 25,8% sobre 2012. As provisões avançaram 16,8%, para R$ 335 milhões. As operações com pessoas físicas, que respondem por 70% da carteira, avançaram 21%, para R$ 4,6 bilhões – abaixo da previsão do banco, de 24,1% a 29,1%. Para 2014, a meta é menor: alta de 13% a 15%.
As receitas de intermediação financeira avançaram 8,2%, para R$ 1,935 bilhão, sendo as operações de crédito responsáveis por R$ 1,749 bilhão, alta de 11,11%.
O índice de Basileia ficou em 12,69%, depois de 13,39% em 2012, mas acima do mínimo de 11%.