Valor Econômico
Daniela Machado e Carolina Mandl
O Banco ABC Brasil registrou lucro líquido de R$ 60,6 milhões no quarto trimestre, aumento de 12,2% sobre o mesmo período de 2010. Em todo o ano passado, o resultado foi positivo em R$ 236 milhões, com crescimento de 16,7%.
O crescimento foi puxado pela expansão das operações de empréstimos e financiamentos. A carteira de crédito do banco, incluindo garantias prestadas, apresentou crescimento de 2,6% no trimestre e de 10,9% no ano. Na área de empresas de grande porte, a carteira de crédito atingiu o saldo de R$ 10,9 bilhões no encerramento de 2011, com expansão de 9,2%, enquanto a carteira de “middle market” (empresas de médio porte) totalizou R$ 1,9 bilhão, um aumento anual de 21,8%.
O banco só não registrou um lucro líquido maior no último trimestre de 2011 por causa de maiores despesas com pessoal (+25,7%) e com captação (+28,1%).
No balanço, divulgado na segunda-feira (6), o banco prevê que a carteira de crédito expandida registre expansão entre 18% e 22% em 2012, com destaque para o segmento de middle market. A instituição também projeta aumento entre 11% e 13% nos gastos com pessoal e outras despesas administrativas, mais moderado do que a expansão do ano passado.
“Estamos mais otimistas em relação ao crédito em 2012”, diz Sérgio Lulia Jacob, vice-presidente financeiro do ABC Brasil. A única preocupação que o ano traz é em relação à inadimplência. “Como o ano deve começar com a atividade mais lenta, os atrasos ainda devem subir um pouco”, afirma o executivo.
Os atrasos acima de 90 dias atingiram 0,21% da carteira, com um aumento de 0,02 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Em meados do ano passado, o desempenho do banco no Brasil vinha se destacando nos ganhos do Arab Banking Corporation (ABC), controlado pelo banco central líbio, em meio à turbulência política que culminou com a morte de Muammar Gadaffi, ditador da Líbia por 42 anos.