Será lançado nesta sexta-feira (4), às 19h, na Câmara Municipal de Londrina, o livro “Sindicato dos Bancários de Londrina e Região: 60 anos – Uma história e muitas lutas”, um projeto que faz o resgate histórico da atuação da entidade na defesa dos interessas da categoria, bem como do conjunto da classe trabalhadora brasileira.
“Em seis décadas, tivemos muitas lutas e atos de resistência que marcaram a história do nosso sindicato e elevaram seu nome como referência não só no meio sindical, mas também junto a outros segmentos da sociedade”, ressalta Regiane Portieri, presidenta do Sindicato dos Bancários de Londrina.
Os textos são da jornalista Meire Bicudo e conta com a transcrição de entrevistas com ex-dirigentes que se dedicaram a organizar as lutas da categoria, dentre outros personagens, além de fotos de atividades que marcaram a atuação da entidade durante as seis últimas décadas.
“O resgate da história das entidades sindicais é muito importante. É preciso registrar que os direitos dos trabalhadores são frutos de muita organização e luta da categoria e de toda nossa classe social. Ainda mais neste momento no qual há uma tentativa de desqualificação da atuação dos sindicatos”, disse Carlos de Souza, secretário Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que participará do lançamento do livro. Outras lideranças sindicais estaduais e nacionais foram convidadas e também devem marcar presença.
Trajetória
O Sindicato dos Bancários de Londrina e Região surgiu em janeiro de 1957, como Associação voltada para promoção de atividades de lazer e esporte, mas aos poucos a diretoria sentiu que não podia deixar de lado questões que envolviam as demandas existentes nos bancos. Foi assim que, no dia 4 de maio daquele ano, foi levantada a ideia de transformar a Associação em entidade de classe, o que se tornou realidade em 26 de julho com o registro sindical reconhecido pelo Ministério do Trabalho.
Com uma atuação marcante e inserida em âmbito nacional, em pouco tempo o Sindicato dos Bancários tornou-se referência de luta, condição que resultou na intervenção da ditadura militar em 1964. Foram 19 anos de uma gestão atrelada ao governo militar e distante dos interesses da categoria, ciclo que só foi rompido em 1985, quando um grupo de bancários e bancárias se uniu e conseguiu retomar o comando de sua entidade.
Foi o primeiro Sindicato do interior do Paraná a se filiar à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Sua atuação foi decisiva para reorganizar a categoria em todo o Estado, derrubando as intervenções que ainda existiam em algumas bases sindicais, com destaque para Cornélio Procópio, Apucarana e Curitiba. Este trabalho resultou também na fundação, em janeiro de 1992, da Fetec-CUT/PR (Federação Estadual dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná), durante Congresso realizado em Londrina. Atualmente a Fetec-CUT/PR representa 85% dos bancários e bancárias paranaenses, com 10 Sindicatos filiados.
Foi marcante ainda a participação do Sindicato dos Bancários de Londrina na organização nacional da categoria, quando integrou a coordenação, em 1985, do DNB (Departamento Nacional dos Bancários), juntamente com os Sindicatos de Bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Ipatinga, Alagoas e Sergipe.
E 1992, o DNB foi transformado na Confederação Nacional dos Bancários e, posteriormente, em 2006, na Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro).
As informações são do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região.