(São Paulo) O tratamento recebido pelas famílias beneficiárias do Bolsa Família nas suas comunidades mudou após sua inclusão no programa. Essa mudança foi constatada por 1.222 dos 4.000 beneficiários entrevistados pelo Núcleo de Pesquisas Sociais da Universidade Federal Fluminense em fevereiro deste ano em todo o país. E ela remete a duas direções, segundo os pesquisadores responsáveis pela consulta, encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social: cria possibilidade de redes de socialibilidade para essas famílias e contribui para a auto-estima dos núcleos familiares. Este último dado seria fundamental para a construção de estratégias voltadas à saída da situação de pobreza extrema.
Uma das maneiras como esta mudança de tratamento se manifestou foi na maior facilidade de crédito com os comerciantes locais. Cerca de um terço dos entrevistados (33,1%) respondeu que o crédito da família com os comerciantes do bairro melhorou após o ingresso no Bolsa Família. Esta facilidade de crédito, segundo a pesquisa, tende a viabilizar possibilidades concretas de melhoria da qualidade de vida das famílias, apesar das inúmeras limitações impostas pela condição de pobreza.
Estes dados da pesquisa da UFF e outros importantes elementos sobre o impacto econômico e social do Programa Bolsa Família no país foram reunidos pelo jornalista Marco Aurélio Weissheimer no livro Bolsa Familia: Avanços, limites e possibilidades do programa que está transformando a vida de milhões de famílias no Brasil, editado pela Editora Fundação Perseu Abramo e que chega às livrarias na próxima semana.
Em Bolsa Familia Weissheimer explora todos os aspectos desta ação governamental que em sua meta de reduzir as desigualdades sociais no país recebe críticas e elogios de diferentes fontes. Da ampla divulgação inicial sobre o Fome Zero à consolidação do Bolsa Família, Wessheimer apresenta o quadro estrutural do país antes do programa e a diluição dos programas sociais no país. Além do desafio de atender a milhões de brasileiros, ele aponta o enfrentamento, pelo governo federal, do desafio de desenvolver um sistema eficaz de acompanhamento e fiscalização do programa.
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Fonte: Editora Fundação Perseu Abramo