O desafio da Campanha Nacional dos Bancários 2020 foi o tema do debate em live no programa Quarta Sindical, produzido pela Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e pelo jornal Brasil de Fato (BdF). A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, e o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Antônio Luiz Fermino, falaram sobre os temas que serão mais importantes na negociação com os bancos e como se deu o processo de discussão das reivindicações a serem apresentadas nesta quinta-feira (23) para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O debate sobre a campanha dos bancários foi feito no programa Quarta Sindical, produzido pela Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e pelo jornal Brasil de Fato (BdF). Juvandia e Fermino foram entrevistados pelo presidente da CUT do Paraná, Márcio Kieler, e pela jornalista Ana Caldas, do jornal Brasil de Fato.
Como foi a Conferência
“Foi um processo bastante desafiador, tivemos 635 delegados e delegadas eleitos no Brasil inteiro. Tem sindicatos grandes, com estrutura, mas também há sindicatos pequenos, que às vezes nem site têm. Esse desafio foi precedido por uma consulta sobre condições de trabalho. Quase 30 mil bancários responderam em todo o Brasil”, contou Juvandia, ao explicar o desafio de realizar a Conferência Nacional dos Bancários, que definiu a minuta de reivindicações a ser apresentada à Fenaban.
Luiz Fermino também falou sobre a realização da discussão em meio à pandemia, com o auxílio de encontros virtuais. “A pessoa estando em casa, não deixou de opinar de participar da definição dos rumos da categoria. O nosso nível de divergência, tanto no estado como na conferência nacional, foi muito tranquilo. Foram poucos itens que não tiveram consenso. É um outro patamar de organização da classe trabalhadora”, avaliou o presidente do Sindicato dos bancários de Curitiba.
Eixos de luta
A defesa dos bancos públicos, dos direitos, aumento real de salários, PLR, e a saúde dos trabalhadores, com o teletrabalho são os eixos da minuta a ser apresentada aos bancos e também foram discutidos por Juvandia e Fermino. “A defesa dos empregos é importante. A gente conseguiu na mesa de negociação o compromisso da não demissão. Mas o Santander, que vem ao Brasil para ter seu maior lucro no mundo, está demitindo. Lá na Espanha, na sede do grupo, o Santander não demite”, lembrou a presidenta da Contraf.
Outro ponto destacado por Juvandia foi a importância da mesa única nas negociações. “Até 2003, os empregados da Caixa, por exemplo, não tinham participação dos lucros porque não estavam na mesa única. A convenção coletiva não valia para eles. Na época do Fernando Henrique, eles ficaram com reajuste zero. Quando o Lula se elegeu, unificou. Hoje todo mundo defende mesa única. Se algum banco quiser sair da mesa, vai se arrepender porque vai ter muito briga”, afirmou a presidenta da Contraf. “Não estar na mesa única não permitiria os protocolos em relação ao home office. Cada banco teria seu protocolo. Hoje temos um protocolo unificado”, completou Fermino.
Juvandia também lembrou que nesta quinta-feira, além da entrega da minuta de reivindicações para a Fenaban, haverá também o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Na data, os trabalhadores farão um tuitaço, às 11h, com a hashtag #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil.
Para ver a íntegra do debate, acesse o link https://www.facebook.com/watch/live/?v=744337849730032&ref=watch_permalink