Com o objetivo de garantir o direito de greve, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso ingressou com uma Ação Civil Pública na Justiça do Trabalho de Mato Grosso contra as práticas antissindicais do Itaú. O pedido de liminar foi acolhido pela juíza do Trabalho, Márcia Martins Pereira, nesta sexta-feira (27). Caso haja descumprimento, o banco deverá pagar multa diária de R$ 60 mil.
De acordo com a liminar, válida para toda a base territorial do Sindicato, o Itaú está impedido de adotar procedimentos que impeçam o livre exercício do direito de greve, permitindo o ingresso dos dirigentes sindicais nos locais de trabalho e manifestação pacífica da categoria. O banco também não pode proibir os dirigentes sindicais de conversar com os empregados, mesmo que por meio de instrumento de som.
A liminar também determina que o Itaú não pode exigir prestação de serviços dos empregados durante o movimento grevista, bem como de telefonar aos bancários nesse sentido ou enviar SMS determinando cumprimento de metas, produções ou convocação para reuniões, ou ainda insinuar aplicação de sanções, através de assédio moral e pressão relacionada a greve.
Outra estratégia utilizada pelo banco para desarticular o movimento dos bancários é a utilização da força policial sem justo motivo, o que não poderá ser feito, de acordo com a liminar.
“Esta limitar reforça nosso movimento de greve e legitima ainda mais nossas ações por direitos trabalhistas. Estamos firmes em defesa das nossas reivindicações e vamos utilizar dos instrumentos que temos para garantir ao trabalhador o direito de greve. Estamos acompanhando a realidade de todas as agências e esta determinação reforça inclusive, nossa luta contra o assédio moral e aos abusos dos bancos. É uma vergonha os bancos preferirem apelar com interditos proibitórios a negociar com a categoria e valorizar a população. Nossa greve continua até que os banqueiros saiam dessa inércia”, afirma o presidente do Sindicato, José Guerra.
A greve dos bancários não é só pelo salário, é por mais segurança nas agências, mais contratações para reduzir o tempo de espera nas filas, melhores condições de trabalho, valorização da população, entre outros.
