O Sindicato dos bancários de Sergipe (Seeb Sergipe) ganhou liminar impedindo o Banco do Estado de Sergipe – Banese – de praticar atos de coação, constrangimento e assédio moral, pessoalmente ou por telefone, em relação aos seus funcionários, dentro ou fora das agências, sob pena de multa de R$ 1 mil em caso de descumprimento, para cada um, convertidos em benefício da entidade sindical. Após a derrubada do interdito proibitório do Banese, cresceu a adesão dos baneseanos à greve. Até ontem (16), já haviam 19 agências paralisadas.
A liminar foi concedida pelo juiz Ariel Salete de Moraes Junior, da 2ª Vara do Trabalho de Aracaju, em ação cautelar intentada pelo Sindicato para garantia do livre exercício do direito de greve. “Para nós é uma vitória, porque tínhamos dificuldade de penetrar no Banese. Os funcionários tinham medo de participar do movimento. Depois da adesão dos funcionários do Banese, a greve tem se fortalecido ainda mais”, comemora o presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, José Souza.
O Sindicato denunciou a prática de atos anti-sindicais como o envio de mensagens eletrônicas, ligações telefônicas constrangendo os empregados que estão aderindo à greve, desvio de empregados comissionados para suprir os caixas nas agências em que estes aderiram à greve, além de se valerem da liminar de interdito proibitório para permitir o livre acesso nas agências.
“Os gerentes não podem ficar nas portas das agências intimidando os empregados a ir trabalhar, com a evidente ameaça de punição, ainda que não expressa em palavras, porque esses atos buscam impedir o livre exercício do direito da categoria de tentar obter convencimento livre e espontâneo dos empregados a aderir à greve”, explica a assessora jurídica do Sindicato Meirivone Aragão.
O Sindicato também ingressou com ação idêntica contra o Bradesco e aguarda a decisão.