Lima Neto se compromete a resolver problema da Cassi

(São Paulo) Em reunião com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o presidente interino do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, se comprometeu a resolver o mais rápido possível o problema da Cassi. A questão era um dos principais itens da pauta de negociação apresentada pelos trabalhadores no encontro desta quinta-feira. Além dos membros da Comissão de Empresa do BB, estavam presentes os diretores e conselheiros eleitos da Cassi e da Previ.

 

Diante da reafirmação das propostas feitas anteriormente pela Contraf-CUT e da apresentação de um documento da entidade manifestando sua disposição em negociar uma solução definitiva, Lima Neto afirmou pretender uma solução rápida e objetiva para a Cassi, orientando seu pessoal a encaminhar a negociação nesse sentido. “É importante que o Banco assuma sua dívida com a Cassi e busque formas de quitá-la”, sustenta Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.

 

Outro ponto da pauta envolve a Previ. Para José Ricardo Sassesson, diretor executivo de Seguridade da entidade, a reserva especial do fundo de previdência pode e deve ser usada para melhorar benefícios. “Um dos pontos apresentados pelos membros da Comissão de Empresa presentes à reunião foram os itens dos benefícios em que pode haver melhorias. É uma medida de grande importância para os funcionários e aposentados e perfeitamente possível para a realidade da Previ”, aponta. O presidente interino do BB assumiu o compromisso de negociar para buscar a utilização dos recursos da melhor maneira possível, considerando o impacto na vida dos trabalhadores e a necessidade de provisão atuarial por parte do Banco.

PCS e PCC

A formulação de um Plano de Cargos e Salários (PCS) e de um Plano de Cargos Comissionados (PCC) voltou a ser reivindicada. O Banco diz ter uma proposta de PCS para apresentar. Os representantes dos trabalhadores irão definir uma data para que a proposta seja trazida para, então, poder levar a discussão para a base. A Contraf-CUT também cobrou propostas de PCC como base de negociação, além da isonomia, que garantiria direitos iguais para funcionários que desempenham a mesma função.

 

“Outra questão importante é o fim do assédio moral que, de tão frequente, vem se tornando uma prática da própria empresa", protesta Olivan Faustino, da Federação da Bahia e Sergipe. “O Banco precisa assumir uma postura de combate ao assédio, condizente com a gravidade do problema”, completa.

 

O banco é do Brasil

Por fim, a Contraf-CUT entregou uma carta a Lima Neto solicitando a suspensão imediata da campanha publicitária que substitui o nome do Banco do Brasil na fachada de 300 agências e na página da empresa na internet por nomes de clientes. “A campanha mancha a marca do BB construída ao longo do tempo que é a de um banco público, a serviço dos interesses do País, e não a de um banco que tem uma ou outra pessoa como dona", protesta Jacy Afonso, presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. A entidade realizou, na manhã desta quinta-feira, um protesto, diante da Sede do Banco, contra a campanha. A Comissão de Empresa recomenda que todos os sindicatos do país realizem manifestações e atividades semelhantes.

 

Fonte: Contraf-CUT

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