Lei da Fila continua sendo desrespeitada no Banco do Brasil em Cuiabá

(Cuiabá) Além do desrespeito à legislação municipal, o não cumprimento da lei da fila ainda acarreta prejuízos aos bancários, já que muitos acabam sendo vítimas do assédio moral. Isso é dito, devido à grande demanda de trabalho imposta aos trabalhadores que são obrigados a cumprir metas excessivas, pelo fato dos bancos insistirem em não contratar mais funcionários e se adequarem ao que determina o decreto.

Em dezembro de 2007, os sindicalistas do Seeb/MT visitaram várias agências do Banco do Brasil, onde foram constatadas longas filas e poucos caixas prestando atendimento ao público. “Diante dessa situação, tanto funcionários quanto clientes são indevidamente desrespeitados e muitas vezes, há agressões verbais dos usuários, que culpam o bancário pela demora no atendimento”, explica o presidente do Sindicato, Arilson da Silva. Ele lembra que um desses casos aconteceu em Cuiabá, na Agência Paiaguás.

Ainda sobre o descumprimento da Lei da Fila por parte do BB e a cobrança pelo cumprimento de metas excessivas de trabalho, que acabam provocando o assédio moral, também em dezembro do ano passado, a juíza da 8ª Vara Cível de Cuiabá, Rita Soraya Tolentino de Barros, atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual, determinou que o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso, Renato Barbosa, prestasse à polícia, esclarecimentos sobre a não adequação das agências para o cumprimento da lei da fila, sob pena de prisão, em caso de desrespeito à determinação.

Essa medida judicial mostrou por meio da lei, que o Banco do Brasil precisa de mais funcionários, principalmente nos caixas, onde há maior pressão. “Sabemos que esse é um dos cargos mais pressionados e estressantes dentro de uma agência, e por isso queremos fazer valer, os direitos dos bancários”, afirma o secretário de Imprensa do Seeb/MT e bancário do BB, Alex Rodrigues.

Fonte: Seeb MT

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