Lançado estudo do Sindicato de São Paulo sobre evolução da PLR

Caderno PLR – Balanços e Perspectivas (1995-2011) mostra avanços

Refletir sobre a PLR, seus avanços desde 1995, quando foi incluída na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, e o que ainda precisa melhorar é, segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, o principal objetivo do estudo que a entidade lançou nesta segunda-feira (6).

Feito em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o caderno Participação dos Trabalhadores Bancários nos Lucros e Resultados – Balanços e Perspectivas (1995-2011) apresenta ano a ano os resultados das negociações sobre essa conquista dos trabalhadores que, apesar de ter sido pautada pelos empresários como uma forma de aumentar o peso da remuneração variável sobre a fixa, acabou sendo resgatada pelos trabalhadores que, com pressão e luta, vêm tentando melhorar cada vez mais as regras da distribuição.

“Desde 1995, quando estabelecemos o primeiro acordo de PLR, estamos lutando por princípios que garantam distribuição mais justa dos lucros aos bancários. Conseguimos estabelecer, por exemplo, que todos recebam a PLR e temos atuado no sentido de aumentar sua parcela fixa. Lutamos ainda para que ela não seja uma forma de substituir a parte fixa da remuneração do trabalhador, tanto que nas campanhas nacionais não abrimos mão de aumentos reais nos salários”, destacou Juvandia.

Convidado para comentar o estudo, o professor doutor do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) Unicamp, José Dari Krein, ressaltou que a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas nasce no contexto do neoliberalismo, mas que a luta sindical dos bancários conseguiu pautar esse processo. “Para o neoliberalismo é interessante que a remuneração possa flutuar. Mas é claro que os sindicatos vão tensionar isso e buscar ganhos, estabelecendo novos parâmetros para o calculo da PLR.”

Um dos pontos que segundo Dari Krein precisa ser revisto é a incidência do imposto de renda na PLR recebida pelos trabalhadores, enquanto que os bancos gozam de isenção na distribuição de seus lucros aos acionistas.

Juvandia lembrou que a luta pela isenção do IR na PLR é prioridade do Sindicato, assim como a defesa de uma reforma que torne a carga tributária progressiva, ou seja, que incida mais sobre a renda, fazendo com que quem ganhe mais, pague mais impostos.

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