Lançada campanha da OIT que dá cartão vermelho ao trabalho infantil

A campanha Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil foi lançada na quinta-feira, dia 10, em Brasília, pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, para marcar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho. A campanha tem como símbolo um cartão vermelho como o do futebol. O garoto-propaganda é o jogador brasileiro de futebol Robinho, que cedeu o uso de sua imagem em prol da causa.

Mais de 3 milhões de crianças já deixaram o trabalho precoce diante dos esforços do Brasil em erradicar o trabalho infantil, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, no lançamento da campanha.

Segundo a ministra, o número foi alcançado desde 1996, quando o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi criado. Atualmente mais de 800 mil crianças são atendidas pelo programa. Elas desenvolvem atividades socioeducativas e frequentam a escola.

A ministra disse que, apesar da Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmar que o Brasil está avançando, ainda há desafios. “Ainda há formas que chamamos de invisíveis de trabalho infantil, que são as crianças e adolescentes que estão trabalhando como empregada doméstica, aqueles que estão na área rural e nem sempre conseguimos identificar”, explicou.

Segundo dados do IBGE, há, no Brasil, 4,5 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. No mundo, esse número chega a 215 milhões. Márcia Lopes também chamou atenção para o fato de educar as famílias para que compreendam a importância da infância para a criança.

“Há o trabalho com as famílias, que tem sido feito com as escolas, com os centros de referência. O atendimento sociofamiliar tem esse objetivo, que as famílias se sintam acolhidas pelos programas de transferência de renda, de inclusão produtiva, de organização da sua comunidade, que a família se sinta motivada a interagir com essa rede de proteção social”, afirmou.

A ministra lembrou que a população pode ajudar denunciando nos conselhos tutelares de suas cidades ou pelo telefone 0800-707-2003, ou pelo Disque 100.

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