Justiça nega interdito ao Itaú e garante direito de greve no Ceará

Mobilização só cresce enquanto bancos seguem em silêncio

A greve dos bancários no Ceará já resultou na primeira derrota dos banqueiros. O juiz do trabalho Francisco Gerardo de Souza Júnior negou na quinta-feira (26), o pedido de liminar de interdito proibitório para o Itaú.

A decisão concedeu ainda prazo para que o Sindicato dos Bancários do Ceará se pronuncie sobre o pedido. De acordo com a decisão, o juiz afirma não vislumbrar motivo para se justificar a concessão do pedido de liminar sem ouvir a entidade sindical.

O interdito proibitório visa preservar o direito de propriedade, mas há vários anos os banqueiros costumam usá-lo como instrumento legal para minar o movimento grevista. Este ano, no entanto, vários interditos já foram negados em todo o País, numa demonstração ao direito de greve dos trabalhadores.

“Essa é a primeira vitória da nossa greve, pois um instrumento jurídico para preservar a propriedade não pode ser deturpado e usado contra a luta dos trabalhadores, pois nós somos funcionários e não invasores. Além disso, a lei nos assegura o direito de greve”, comemora o diretor do Sindicato, Clécio Morse.

“O Itaú já massacra seus funcionários todos os dias, com metas abusivas, condições de trabalho precárias, assédio moral, entre outras questões. E na greve, que é nosso direito legal, foi o primeiro a querer impedir nosso movimento legítimo. Com essa decisão da Justiça do Trabalho, poderemos continuar nossa luta e seguirmos firmes para avançar numa greve vitoriosa para os trabalhadores”, avalia Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú.

A greve continua forte em todo o Estado. Na quinta-feira, foram contabilizadas 383 agências paralisadas em todo o Ceará. Esse é o maior número registrado durante a greve que entrou nesta sexta-feira (27) no nono dia.

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