A Justiça do Trabalho indeferiu nesta terça-feira (05) pedido de liminar do HSBC de Criciúma para a abertura da agência. O juiz José Carlos Kulzer, da 3ª Vara do Trabalho, considerou não ser constatada no local a prática de qualquer ato ilegal que impeça a entrada e saída de clientes e de funcionários.
O magistrado citou que o artigo 9º da Constituição Federal garante a liberdade do exercício do direito de greve, entregando aos trabalhadores a decisão acerca da oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Na opinião do presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma, Edegar Generoso, a greve dos bancários é uma luta da formiga contra o elefante. “Pelo menos desta vez, o Judiciário foi favorável à formiga”, disse. A mobilização continua forte na região no seu sexto dia com 100% de adesão em Criciúma e mais de 90% na região.
Mais duas agências fecharam nesta terça-feira: Bradesco de Urussanga e HSBC de Morro da Fumaça. Na assembleia dos trabalhadores, a avaliação foi positiva em relação o crescimento do protesto a cada dia.
A direção do Banrisul chamou para reunião com os bancários nesta quarta-feira (6) em Porto Alegre. O banco tem uma única agência em Criciúma.
A Fenaban ainda não apresentou nova proposta ao Comando Nacional. No Brasil 6.527 agências foram fechadas nos 26 Estados e no Distrito Federal no sexto dia de greve, um crescimento de 68% desde o primeiro dia, segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Os trabalhadores reivindicam: 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, PLR maior, medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança. A proposta da Fenaban é 4,29% de reajuste (inflação do período) e zero de aumento real. As negociações iniciaram dia 11 de agosto. A data base é 1º de setembro.