(Santos) A juíza da 1ª Vara do Trabalho de São Vicente, Kyong Mi Lee, reintegrou Dulcilene Silva, funcionária do Santander Banespa, independente do trânsito em julgado da ação, ou seja, independente do término do processo caso o banco recorra à instância superior. Dulcilene Silva foi demitida em fevereiro de 2004, mesmo estando em tratamento para Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Naquela época, o departamento jurídico do Sindicato de Santos foi acionado e o advogado Dario Castro Leão entrou com ação trabalhista contra o Santander Banespa.
Conforme a conclusão da juíza para a sentença, foi comprovado que em 2003 a bancária já estava acometida de LER, inclusive pela médica do Banco, que avisou a diretoria de RH do Santander Banespa, na data de sua demissão, que a funcionária estava em tratamento por várias doenças e não se encontrava em condições de trabalhar.
Segundo a juíza Mi Lee, o Santander Banespa ignorou os laudos dos médicos do INSS e até dos seus profissionais de saúde contratados descartando Dulcilene Silva, que havia trabalhado no Santander Banespa por longos 20 anos, no momento em que mais necessitava de segurança e amparo. Por isso, reintegrou-a na função mesmo que o banco recorra.
“Esta é mais uma demonstração do desrespeito dos banqueiros e neste caso do Santander Banespa com os trabalhadores brasileiros, que são descartados como peças defeituosas, quando contraem doenças ocupacionais pelo trabalho excessivo e selvagem imposto dentro das agências bancárias e em outras empresas”, afirma Pedro de Castro Junior, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região