Juros do cheque especial variam até quase 4 vezes nos bancos

As taxas de juros anuais do cheque especial podem variar até quase quatro vezes entre os principais bancos do país, segundo dados divulgados periodicamente pelo Banco Central.

No Citibank, o juro médio praticado na modalidade pessoa física ficou em 218,42% ao ano. Esse número é quase quatro vezes superior à taxa praticada pela Caixa, de 59,56% a.a.

Assim, o Citi fica no topo da lista de maiores taxas de juros, considerando os sete bancos com o maior número de clientes no Brasil, em uma lista que contempla 42 instituições financeiras.

Com juros semelhantes ao do Citibank, o Santander ficou em segundo lugar do ranking. A taxa média praticada foi de 212,92% ao ano.

A menor taxa é da Caixa (59,56% a.a.), seguida pelo Banco do Brasil, 85,67% a.a..

Compare as taxas

Posição

Banco

taxa ao mês (em %)

taxa ao ano (em %)

Citibank

10,13

218,42

Santander

9,97

212,92

HSBC

9,68

203,2

Itaú Unibanco

7,97

150,86

Bradesco

7,83

147,08

Banco do Brasil

5,29

85,67

Caixa

3,97

59,56

As taxas correspondem ao juro médio praticado no cheque especial — na modalidade pessoa física — por cada banco entre 1º e 7 de agosto

FONTE: Banco Central

 

Outro lado

O Citibank disse entender que o cheque especial é um “produto de utilização emergencial e cujas taxas variam de acordo com o relacionamento com os clientes”. Ainda, destacou que “oferece outras formas de financiamento, com taxas altamente competitivas, que se adequam às necessidades dos clientes.”

O Santander disse que em sua oferta de cheque especial os clientes possuem dez dias sem juros, o que configura um apoio para a organização das finanças dos clientes. Além disso, o cliente que não conseguir cobrir seu crédito neste período “pode parcelar o saldo devedor por metade da taxa, o que configura condições diferenciadas”.

O HSBC informa, por meio de sua assessoria de imprensa, “que atribui suas taxas em função do relacionamento que o cliente possui com o banco. As taxas publicadas são taxas de referência e variam de acordo com a evolução do mercado financeiro.”

Já o BB avaliou que sua posição no ranking, com a segunda menor taxa média entre os principais bancos do País, “reflete a contínua proposta de conceder crédito com juros mais acessíveis aos seus clientes”. E a CAIXA destacou seu “posicionamento de manter as melhores taxas”.

O Bradesco não quis se posicionar e o Itaú não comentou até o fechamento da matéria.

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