Valor Online
Karen Camacho
As taxas médias de empréstimo pessoal e cheque especial voltaram a apresentar alta em maio, segundo pesquisa do Procon-SP. O levantamento envolveu Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.
As taxas para empréstimo pessoal subiram neste ano o triplo do registro em todo o ano passado. O salto foi de 0,33 ponto percentual, contra 0,10 de todo 2010.
Neste mês a modalidade registrou taxa média de 5,6% ao mês, a maior desde abril de 2009, quando alcançava 5,74% a.m..
O cheque especial também apresenta um movimento ascendente, com 0,35 ponto percentual acumulado nos cinco primeiros meses do ano, ultrapassando o acumulado anual de 2010 (0,34 p.p.).
A taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,47% a.m., superior a do mês anterior que foi de 9,35% a.m., o que significa um acréscimo de 0,12 ponto percentual.
As taxas do cheque voltaram ao mesmo patamar das praticadas no segundo trimestre de 2003 (quando o país vivia uma piora das expectativas inflacionárias, fruto de incertezas na condução da política monetária e de uma conjuntura internacional desfavorável).
“Os esforços do governo para segurar a expansão do crédito e a inflação já estão se traduzindo em taxas de juros mais altas, principalmente para os consumidores. O momento não é oportuno para realizar financiamentos ou solicitar empréstimos pessoais”, afirmou o Procon-SP.
A entidade reforçou ainda que os consumidores devem se fazer ao menos três perguntas antes de assinar um contrato de crédito:
– Preciso realmente do empréstimo agora?
– Escolhi a modalidade com as melhores condições (taxa de juros, prazo, despesas de contratação)?
– Tenho condições de honrar os pagamentos até o fim?
“Para responder a essas questões, é necessário que o consumidor faça uma análise realista de suas necessidades, estabeleça prioridades, planeje cuidadosamente seu orçamento e procure pesquisar e comparar as linhas de crédito disponíveis no mercado”, orientou o Procon.
BANCOS
As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:
HSBC – alterou de 4,5% para 4,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,49 ponto percentual, representando um aumento de 10,89% em relação ao mês anterior.
Santander – alterou de 5,63% para 5,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,36 ponto percentual, representando uma variação de 6,39% em relação à taxa de abril;
Itaú – alterou de 6,38% para 6,41% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando aumento de 0,47% em relação à taxa do mês anterior.
Bradesco – alterou de 6,08% para 6,1% a.m., o que significa um acréscimo de 0,02 ponto percentual, representando aumento de 0,33% em relação à taxa de abril de 2011;
A única queda foi promovida pelo Banco do Brasil, que diminuiu a taxa de empréstimo pessoal de 5,48% para 5,39% a.m., o que significa um decréscimo de 0,09 ponto percentual, representando queda de 1,64% em relação à taxa de abril de 2011.
Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal.
As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:
Caixa Econômica Federal – alterou de 7,31% para 7,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,64 ponto percentual, representando um aumento de 8,76% em relação à taxa de abril de 2011;
HSBC – alterou de 9,8% para 9,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,15 ponto percentual, representando uma variação de 1,53% em relação à taxa do mês anterior;
Itaú – alterou de 8,96% para 8,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando um aumento de 0,33% em relação à taxa de abril/11;
Santander – alterou de 9,96% para 9,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando um aumento de 0,3% em relação à taxa de abril de 2011;
Bradesco – alterou de 8,83% para 8,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,02 ponto percentual, representando uma variação de 0,23% em relação à taxa do mês anterior;
Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.